Estima-se que existam mais de 17 milhões de diabéticos no Brasil entre 20 e 79 anos e o número pode ser maior se forem incluídos os diabéticos não diagnosticados, com uma projeção de aproximadamente 21,5 milhões de adultos diabéticos até 2030. O Diabetes Mellitus tipo 2 (DMT2) é uma doença desencadeada pela produção inadequada da insulina ou da baixa sensibilidade dos tecidos a esse hormônio. Mais comum em adultos a partir da quarta década de vida, é causado em grande parte, pelo excesso de peso corporal e pela falta de atividade física. A adoção de novos hábitos de vida, como a alimentação saudável é prática fundamental para evitar ou retardar suas consequências. Assim, acredita-se que os compostos bioativos (CBA) presente nos alimentos desempenham potenciais efeitos na saúde humana, participando de processos bioquímicos que se relacionam com o controle glicêmico. O presente estudo tem como objetivo revisar na literatura a epidemiologia do diabetes e sua relação com a dieta, além de investigar quais compostos bioativos são relevantes no controle glicêmico e discutir a eficácia destes compostos no controle glicêmico do DMT2, utilizando como palavras chaves: “diabetes mellitus tipo 2”, “inflamação”, “alimento funcional” e “compostos bioativos”. Os CBA têm potencial para serem utilizados na profilaxia e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como DMT2, no entanto, é imprescindível que haja padronização de dose-resposta e maior elucidação dos mecanismos pelos quais estes compostos contribuem para melhora do perfil inflamatório e glicêmico de pacientes diabéticos. 
Palavras-chave: Diabetes Mellitus tipo 2. Inflamação. Alimento funcional. Compostos Bioativos.

ISSN 2179-1589