De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 18,6 milhões de indivíduos foram diagnosticados com transtorno de ansiedade, sendo 9,3% destes, presentes na população brasileira. Os transtornos de ansiedade podem desencadear o consumo compulsivo e/ou exagerado de comida, principalmente, motivado em uma tentativa de reduzir o medo e a ansiedade. Este estudo propôs a discutir os principais aspectos pelos quais a nutrição comportamental pode ser utilizada no manejo dos transtornos de ansiedade, compreendendo o efeito desses transtornos no comportamento alimentar. Foi realizada uma revisão integrativa de literatura composta por artigos nos idiomas, inglês, português e espanhol, publicados nos últimos cinco anos nas bases de dados U.S. National Library of Medicine (PubMed), e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Os estudos sugerem a correlação entre comportamentos alimentares dos indivíduos com transtorno de ansiedade, que buscam a comida como forma de recompensa, e o excesso de peso. Forem identificados termos como comida conforto (“comfort-food”) associada ao comer emocional (“emotional eating”). Conclui-se que houveram resultados significativos na melhoria do comer emocional ao se utilizar as abordagens de Atenção Plena (“Mindfull Eating”) e de Comer Intuitivo. Evidencia-se a importância da atuação do profissional nutricionista com a percepção do estado emocional do paciente. Diante disso, constata-se a relação com uma nutrição mais humana e menos prescritiva para a mudança de comportamentos alimentares duradouros. Percebe-se a importância de novos estudos sobre o comer emocional relacionado com a atuação da Nutrição Comportamental como ferramentas de melhoria do manejo de ansiedade.
Palavras-chave: Nutrição Comportamental. Ansiedade. Comportamento alimentar.

ISSN 2179-1589