DIAGNOSTICO LABORATORIAL DA DENGUE
Daniela Borges Marquez Barbosa, Jordana Moura Oliveira, Neuriely Cristina Oliveira, Sarah da Silva Ataides, Zelcimar Lemos Salvador
Resumo
A dengue é uma arbovirose que acomete milhões de pessoas em termos de morbidade e mortalidade, principalmente em países tropicais, onde as condições ambientais contribuem para a proliferação do Aedes aegypti, principal transmissor dos quatro sorotipos de vírus, causadores da doença. O diagnóstico rápido e confiável é fator primordial ao tratamento e controle dessa epidemia. O objetivo desse trabalho é abordar os principais testes utilizados para o diagnóstico laboratorial da dengue. Foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando as bases de dados Scielo, Pubmed e Bireme, utilizando-se os descritores: dengue, sorologia, testes rápidos e isolamento viral. Resultados: Para o diagnóstico laboratorial da dengue são empregados exames específicos que são realizados por métodos sorológicos e virológicos, indicados em momentos distintos da doença, destacando-se: isolamento viral; diagnóstico sorológico (ELISA) e métodos de diagnóstico molecular (RT-PCR). Na rotina, a sorologia é o método de escolha. Anticorpos IgM podem ser detectados a partir do 6º dia do início dos sintomas. Os Anticorpos IgG podem ser detectados a partir do 9 dia de infecção. Os métodos virológicos, identificam o patógeno e monitoram o sorotipo viral circulante, e a coleta do material deve ocorrer preferencialmente nos 3 primeiros dias de sintomas. O teste rápido para detecção do antígeno viral NS1, proteína não estrutural importante para a replicação viral, é positivo no período inicial da infecção. Exames inespecíficos como a “prova do laço” e o hemograma podem ser utilizados como triagem. Conclui-se que testes diagnósticos específicos, de fácil execução e baixo custo, capazes de proporcionar análises precoces da infecção viral, constituem-se como uma ferramenta importante no diagnóstico e prevenção das formas graves da doença.
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ISSN 2179-1589