O Brasil é referência mundial em bovinocultura e possui o maior rebanho comercial do mundo. De acordo com o IBGE(2013) são aproximadamente  218,2 milhões de cabeças, maior efetivo desde 2016. O Centro-Oeste respondeu por 34,6% do total (75,4 milhões). A maior alta foi na região Norte: 5,5%, ou mais 2,7 milhões de cabeças, somando 52,4 milhões. Mato Grosso segue líder, com 32,7 milhões de cabeças e alta de 2,3% ante 2019. Entre os municípios, São Félix do Xingú (PA), manteve a liderança com 2,4 milhões de cabeças e alta de 5,4%, no ano. Com todo esse rebanho é comum que os produtores tenham em mente que  o parto é um processo delicado, tendo em vista de que problemas perinatais podem  influenciar diretamente no desenvolvimento da vaca e do bezerro, o que deve levar a perdas econômicas.DEMATAWENA e BERGER(1997) relata que um dos problemas comumente encontrados na reprodução de bovinos é a ocorrência de distocia, uma das principais causas de morte perinatal em bezerros. É comum ocorrer distocias que é caracterizada pela não expulsão do feto de dentro do útero, em decorrência de algum problema de origem materna ou fetal(TONIOLLO e VICENTE, 2003). Na vaca as causas mais frequentes de distocia são de origem fetais, e estas são invariavelmente em consequência tanto do excesso de tamanho fetal quanto da disposição anormal do feto. No momento do parto o feto está quase sempre disposto para que as patas dianteiras apareçam primeiro, seguidas da cabeça e, então, do resto do corpo e finalmente as patas posteriores (BALL et al, 2006). Dentre as inúmeras causas de parto distócico a raça, conformação da vaca e ou do touro, tamanho de bezerros, cruzamentos industriais com raças européias são fatores que podem levar ao problema, e em muitos casos é indispensável a intervenção do Médico Veterinário (SCHAFHÄUSER et al., 2004).Este estudo tem como objetivo organizar de forma clara e concreta, informações científicas embasadas por estudos sobre as principais causas de partos distócicos e as possíveis técnicas de intervenções, relatando a importância de acompanhamento do serviço do Médico Veterinário nos casos e as possibilidades de intervenção obstétrica.

ISSN 2179-1589