O prolapso uterino é uma patologia da gestação que consiste em uma mudança na posição do útero observada quando o órgão se inverte e se projeta para a parte exterior da vagina e vulva (MARTIN; ALFONSO, 1985). Embora o prolapso uterino possa ser observado em todas as espécies animais, ele é mais comum em bovinos e ovinos, e é responsável por grandes perdas econômicas e desequilíbrio na eficiência reprodutiva de bovinos de leite e corte (BARTOLOMEU et al 1997; MARQUES et al 1991). Esse distúrbio acontece no período final da gestação, durante a expulsão do feto, seguido da placenta. Costuma ocorrer algumas horas após o parto, entre 4-6h e dificilmente 36 horas pós parto (NOAKES, 1991).  Em muitos animais, o prolapso uterino tem como principal causa a hipocalcemia (baixa quantidade de cálcio no sangue), pois ocorre a perda de tônus muscular. (Risco et al. 1984) também confirmaram esta associação em vacas pluríparas, notando o prolapso em menor porcentagem nas primíparas, existindo uma alta possibilidade de recidiva em uma gestação subsequente (Momont, 2005). A presença de múltiplos fetos, traumas prévios na região perineal e partos distócico, também contribuem para o aparecimento dessa patologia.  (PRESTES; LANDIM-ALVARENGA, 2017) Explicam que como agravante, pode estar associado a prolapso retal, eversão de bexiga ou ruptura uterina. O animal pode manifestar sinais e sintomas de dor, tenesmo, ansiedade, aumento da frequência cardiorrespiratória, prostração, hemorragia, choque hipovolêmico, vindo a óbito. Essa situação constitui uma emergência obstétrica e exige atuação profissional rápida e decisiva. A fertilidade futura dos animais acometidos e tratados com sucesso depende do grau de dano endometrial e dos procedimentos terapêuticos impostos. O objetivo deste trabalho é relatar o atendimento de um prolapso total de útero

ISSN 2179-1589