O Brasil é um dos maiores produtores de gado de corte do mundo, entretanto a produtividade da bovinocultura é muito baixa quando comparada à de outros países. Usando como parâmetro a taxa de abate, o Brasil possui uma taxa de 21,67% e os Estados Unidos possui uma taxa de 37% (CNA, 2005). Diversos fatores levam a isto, como baixa sanidade e deficiência de manejo. São produzidos anualmente 44.600.000 bezerros no país (BRASIL, 2006), ocupando uma posição especial na cadeia de produção, ressaltando que o manejo neonatal a que forem submetidos irá refletir sobre a vida produtiva do animal, influenciando significativamente seu futuro desempenho como fonte de carne ou leite (BENESI, 2008).

Várias enfermidades são capazes de interferir nas etapas inicias da cadeia produtiva bovina, como por exemplo a diarreia infecciosa. Esta afecção possui distribuição mundial e é reconhecida como uma síndrome, visto que decorre da interação entre fatores como a imunidade, o ambiente, a nutrição e a infecção por diferentes microrganismos com potencial patogênico (BENESI, 1999). Devido à falta de higiene e manejo, falha na colostragem, os distúrbios entéricos podem causar grandes prejuízos (HOUSE, 1978), como maior conversão alimentar, menor ganho de peso e custos com tratamento e profilaxia, podendo alcançar cerca de 2% de mortalidade em bezerros (MOTA et al., 2000), sendo um fator sanitário que necessita de bastante atenção (RADOSTITS et al., 2007).