REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 7 (2022)

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LEISHMANIOSE VISCERAL EM CADELAS GESTANTES

Juliana Carolina Soares Moreira, Mylena de Lourdes Nogueira Gomes, Flávia Ferreira Araújo, Rhilaria Gabriela da Silveira

Resumo


A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma patologia causada por um protozoário do gênero Leishmania e é transmitida através da picada do flebotomíneo pertencente ao gênero Lutzomyia. Canídeos silvestres podem funcionar como reservatório, mas o principal reservatório encontrado no ciclo urbano de transmissão é o cão doméstico que infecta o homem. Seu diagnóstico clínico é incerto, pois as manifestações clínicas da doença não são específicas, sendo comum entre outras patologias caninas como erliquiose e babesiose. Com isso, a associação entre os sinais clínicos, epidemiologia e testes parasitológicos e sorológicos, são necessários para um diagnóstico definitivo. Dados comprovam que em fêmeas caninas infectadas com LV foi identificado o DNA do protozoário no útero, ovário, tubas uterinas, vagina e vulva de cadelas, fazendo com que a cadela gestante passe esse protozoário via transplacentária. Dez dos doze filhotes apresentaram PCR positivo em vários tecidos indicando infecção disseminada, apesar de não apresentarem lesão macroscópica ou histológica. Os tratamentos permitem controlar os sintomas da doença, mas são dispendiosos e infelizmente não conseguem a cura da doença.  Animais com Leishmaniose após a estabilização da doença, terão de se fazer análises regularmente para que se possa avaliar a função renal, hepática e a resposta imunitária. A alimentação cuidada, a desparasitação e a vacinação são muito importantes para assegurar o bom estado de saúde do animal com a doença. Os fármacos mais indicados para o tratamento de LVC são antimoniato de metilglucamina, alopurinol, anfotericina B e miltefosina.


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ISSN 2179-1589

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