REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 7 (2022)

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MASTITE CLÍNICA EM BOVINO CAUSADA POR Prototheca zopfii

Sérgio Henrique Mendes, Robledo Natal da Silva, Flávia Ferreira Araújo

Resumo


A melhoria genética dos rebanhos foi obtida principalmente pela introdução de animais adquiridos em outros Estados, notadamente das regiões Sul e Sudeste. A forma como esse processo consolidou-se, associada às precárias condições de manejo e mão de obra despreparada na maioria das propriedades rurais (DIAS FILHO, 1997), aumentaram as possibilidades de introdução e disseminação de enfermidades nos rebanhos do Estado .Entre  essas  enfermidades  encontra-se  a mastite. A inflamação da glândula mamária constitui a doença mais importante em rebanhos leiteiros(PHILPOT & NICKERSON, 2002). A mastite pode ser classificada em clínica e subclínica, considerando-se a forma de apresentação. A forma subclínica ,comumente diagnosticada pela prova do “CaliforniaMastitis  Test  –  CMT”  (SCHALM  &  NOOR-LANDER, 1957), mediante a contagem de células somáticas (CCS) do leite (HARMON, 1994), responde por até 95% dos casos de mastite em um rebanho (FONSECA & SANTOS, 2000).A mastite também pode ser classificada em contagiosa e ambiental, considerando-se as características do agente etiológico (FONSECA & SAN-TOS, 2000). Entre os agentes ambientais encontra-se a alga Prototheca zopfii. Esse microrganismo foi primeiramente cultivado no início do século XIX, caracterizado em 1894 e relacionado como agente da mastite bovina somente na metade do século XX(JÁNOSI et al., 2001a). No Brasil, o primeiro caso foi registrado em 1989 (COSTA, 1989, apud COS-TA et al., 1999) e, no Estado de Goiás, os primeiros casos registrados ocorreram em 2003 (BUENO etal., 2003a). Prototheca zopfii (P. zopfii) destaca-se entre os agentes ambientais da mastite bovina principalmente em decorrência da gravidade das lesões causadas no tecido mamário e das limitações terapêuticas (JÁNOSI et al., 2001a).


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ISSN 2179-1589

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