RESUMO

Desde a antiguidade os povos buscavam a conservação das peças anatômicas de forma a propiciar o estudo de maneira detalhada do corpo do homem, animais e suas vísceras, os quais eram preservados por longos períodos sem que deteriorassem. Nas Universidades, em cursos das áreas da saúde e biológicas, o ensino da anatomia trata-se de um componente curricular básico configurando-se como fundamental para a formação destes profissionais sendo utilizado o formaldeído para a fixação das peças anatômicas. O formaldeído trata-se de composto líquido extremamente irritante para as membranas mucosas e muito agressivo para o meio ambiente devido ao alto nível de toxicidade e volatilidade. Durante a utilização do formaldeído com a finalidade de conservação de peças anatômicas, os profissionais encontram-se sujeitos a diferentes riscos químicos. Os riscos da utilização do formaldeído em contexto ocupacional e sua relação com o tempo de exposição já é sabido e o malefício à saúde de discentes, docentes e pesquisadores em decorrência da utilização do formaldeído na fixação das peças torna evidente a necessidade do conhecimento adequado de forma a possibilitar menores riscos. Nesse sentido destaca-se a utilização de outros métodos alternativos, como a glicerinização, utilização do álcool 96%, técnica de Laskowski e plastinação. Neste contexto, este estudo teve como objetivo realizar uma revisão de literatura acerca dos malefícios para a saúde da utilização do formaldeído como método para fixação de peças anatômicas em laboratórios de anatomia veterinária e indicar métodos alternativos para conservação das mesmas.