REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 7 (2022)

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EIXO INTESTINO – CÉREBRO E SUA RELAÇÃO COM A DEPRESSÃO. REVISÃO DE LITERATURA

Rayane Rodrigues Marques, Meire Zulmira Braga, Helen Cristina Carvalho, Mariana Pena Viegas, Rosângela dos Santos Gomes

Resumo


A microbiota intestinal auxilia na digestão e absorção de nutrientes digeridos, realizando a síntese de vitaminas do grupo B e K, e o aprimoramento da motilidade e função do trato gastrointestinal. Além da ativação do sistema imune na produção de ácidos graxos de cadeia curta (uma fonte de energia primária para as células epiteliais intestinais), estimulando respostas imunes na proteção contra enteropatógenos pela produção de peptídeos antimicrobianos (AMPs) e auxiliando como barreira protetora através da competição por alimento e espaço. A nutrição influencia diretamente na microbiota intestinal, liberando hormônios como colecistocinina (CCK), grelina e leptina. Distúrbios da microbiota podem levar a comportamento viciante ou depressivo. Este estudo tem como objetivo pesquisar a relação entre o microbiota intestinal e a depressão, e analisar a correlação entre a disbiose e os distúrbios de estresse. Trata-se de uma pesquisa básica pura e descritiva, no qual buscou-se fazer uma revisão de literatura nas bases de dados: Scielo, Pubmed, Google Acadêmico e BVS. Os artigos selecionados demonstram resultados promissores relacionando a modulação da microbiota e a melhora no quadro depressivo. Conclui-se que a relação entre a obesidade, estresse, dieta, microbiota e os transtornos psiquiátricos são complexos, já que elas possuem diversos mecanismos onde um fator desencadeia outros de múltiplas maneiras, sendo influenciados por fatores internos e externos. A relação de dietas ricas em gorduras aumenta a chance de ter síndrome metabólica, obesidade e distúrbios psiquiátricos devido à mudança da microbiota intestinal e, consequentemente, a modificação dos neurotransmissores enviados do intestino para o cérebro.


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ISSN 2179-1589

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