REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 7 (2022)

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RESENHA: DISPLASIA RENAL EM CÃES

Miriã Rodrigues de Oliveira, Natália Moreira da Silva, Inara Saborido Viana Azevedo

Resumo


A presente resenha tem como intuito explanar sobre a patologia denominada Displasia Renal, sendo que o estudo em questão fora realizado na espécie canina. A metodologia adotada para a elaboração deste documento acadêmico trata-se de revisão de literatura. A displasia renal é uma doença congênita, na qual o animal jovem, entre quatro meses a dois anos, irá desenvolver uma insuficiência renal crônica e há estudos que a mesma possa ser hereditária, uma vez que, animais como Lhasa Apso e Shitzu pode ter como causa da disfunção, a passagem de um gene recessivo autossômico, bem como já fora observado a variação alélica da cicloxigenase-2 (WITELEY, 2014). Diante desse quadro de nefropatia crônica, observam-se vários sinais clínicos, dentre os quais são: perda da massa muscular, poliúria, polidpsia, vômitos e diarreias intensas e anemia arregenerativa, pois devido à falha nos rins, irá haver uma redução na secreção do hormônio eritropoietina, o qual tem como intuito estimular a produção de células vermelhas pela medula. Além desses sinais clínicos já citados, existem outros, como por exemplo, o hiperparatireoidismo secundário e como consequência a osteodistrofia fibrosa. A osteodistrofia fibrosa ocorre devido à diminuição da filtração glomerular, o que irá ocasionar a retenção de fosfato e diante disso, as paratireoides irão secretar pelas suas células principais, o hormônio denominado paratormônio (PTH), cuja função é induzir a reabsorção óssea e aumentar os níveis de cálcio sérico. Segundo Granja (2018), o diagnóstico é realizado através de exames histopatológicos, e nos mesmos são verificados glomérulos imaturos ou fetais, hiperplasia ou proliferação adenomatóide dos ductos coletores medulares e mesênquima persistente na medula renal. Destarte, também há estudos que infecções virais no trato urinário durante a embriogênese e até uma deficiência nutricional podem ser causas da displasia renal. O prognóstico é ruim, geralmente evoluindo para uma morte muito rápida, e o tratamento é sintomático, como por exemplo: transfusões de sangue, fluidoterapia, sendo que também se pode associar alguns fármacos, como o cloridrato de ranitidina para úlceras gástricas. O rim do animal com displasia renal possui coloração pálida, superfície capsular irregular, podendo haver formações de cistos.


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ISSN 2179-1589

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