REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 7 (2022)

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RESENHA: ULTRA-SONOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS RENAIS EM PEQUENOS ANIMAIS

Miriã Rodrigues de Oliveira, Ardecton Júnior do Nascimento Silveira, Lisandra Marques

Resumo


A ultrassonografia é muito importante para o tratamento clínico em pequenos animais com suspeita de nefropatias. Os aparelhos mais modernos possuem o recurso do Dúplex Doppler que avalia o fluxo e a velocidade sanguínea intrarrenal, sobretudo pelo índice de resistividade, auxiliando no diagnóstico e no tratamento clínico. A revisão de literatura sobre o tema se faz necessária, pois tem como objetivo resumir toda a informação existente de maneira imparcial e completa. Segundo Green (1996); Janthur e Luerssen (1998); Nyland et al. (2002), para uma adequada e completa avaliação das imagens de pequenos animais é necessário cortes sagitais, dorsais ou frontais e transversais utilizando tradutores de frequência de 5MHHz para cães de grande porte e de 7,5MHz para gatos ou cães de pequeno porte, comparando as medidas lineares ou o volume do rim com o peso do corpo ou área de superfície. Por isso foram realizados vários estudos, como parâmetros renais e mensurações ultrassonográficas das dimensões renais. No tratamento de animais enfermos a citologia aspirativa por agulha fina e a biópsia dos rins guiada por ultrassom auxiliam no estudo da causa da doença. Os rins nos pequenos animais têm a forma de feijão e estão localizados no espaço retroperitoneal, sendo constituídos pela cápsula, córtex e medula renal, divertículos, ramos de veias e artérias renais, pelve renal e o seio renal. No trato urinário podem ocorrer doenças que afetam o trato superior, formados por rins e ureteres, e as que afetam o trato inferior formado pela bexiga e a uretra, algumas nefropatias são resultantes de doenças do trato urinário inferior, como nefrites ascendentes. Nos animais pequenos, os sinais clínicos de doenças renais geralmente não são característicos, acrescentando perda de peso, letargia e dependendo da gravidade pela perda de proteínas pode ocorrer edema e ascite. No caso das lesões mais extensas, comprometendo três quartos dos néfrons, ocorre insuficiência renal com azotemia, poliúria-polidipsia, anorexia, náusea e vômito. De acordo com Walter (1987b) as doenças que atingem os rins de modo difuso podem ocasionar aumento da ecogenicidade cortical renal com intensificação da definição córticomedular ou perda da definição entre córtex e a medula. Segundo Osborne et al. (1996) e Melchert et al. (2000), a biópsia renal é a técnica de eleição para identificação de doenças renais, pois possibilita um diagnóstico definitivo, indicando com precisão a severidade da lesão, possibilitando a prescrição de um tratamento efetivo. Não há dúvidas que o ultrassom é fundamental para o diagnóstico de doenças do trato urinário, mas é crucial para um bom prognóstico os exames laboratoriais e de citologia aspirativa, que ajudam a diferenciar processos inflamatórios de neoplásicos, o que propicia o acompanhamento mais eficaz frente ao tratamento indicado.


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ISSN 2179-1589

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