REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 7 (2022)

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Resenha Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

Miriã Rodrigues de Oliveira, Bruna Costa Macieira, Weilla Francielle Pereira de Azara

Resumo


Classificado como doença pulmonar obstrutiva crônica (dpoc),a qual acomete a saúde de equinos, principalmente, cavalos atletas. Trata-se de uma patologia silenciosa em casos “brandos”, a qual pode ser conhecida também por obstrução aérea recorrente. Assemelhada a “asma dos humanos” nos cavalos. Suas duas maiores causas são o sistema respiratório prejudicado, principalmente, pela tosse e a diminuição da performance daquele animal. Acomete cavalos de 5 anos, podendo manifestar em animais mais jovens, por condições climáticas, por exemplo, muito tempo em cocheiras inapropriadas. Como causas da “DPOC” temos a vias respiratórias inferiores comprometidas, consequentemente  processos inflamatórios e obstrutivos. Seus principais sinais clínicos são a tosse, o aumento da frequência respiratória mesmo com o animal em repouso, duplo esforço na expiração, dilatação das narinas, maior esforço na parte abdominal para respirar, acometendo também o desempenho do animal atleta aos exercícios. Em relação a etiologia desta patologia, como principal casos processos inflamatórios: bronquite e bronquiolite, além do contato com infecções causadas por: micro-organismos como fungos e bactérias. Não se descarta a predisposição genética do animal, a inalação de partículas alergênicas como o “pó” de rações, farelos e substâncias como maravalha usada nas baias.

Em relação ao diagnóstico da doença baseia-se no exame físico geral e exame como o do trato respiratório, para “identificar” o grau de inflamação das vias respiratórias. Exames indispensáveis para o diagnóstico da dpoc são: lavado traqueal, sendo mais indicado as técnicas de aspiração brônquica, lavagem bronco-alveolar as quais permitem coletar amostras, as quais serão essenciais para a identificação das alterações respiratórias.

Em relação ao tratamento o mais visado, independente do grau é de extrema importância aliviar a insuficiência respiratória do animal, por meio de medicamentos específicos como o uso de anti-histamínicos, sua dosagem varia de acordo com o peso do animal, uso de broncodilatadores para a desobstrução das vias aéreas, podendo ser administrada oralmente ou por nebulização sendo mais eficiente por ser levada até o local da afecção.

Na fase “branda da doença o animal pode se apresentar “normal” quando examinados em períodos que não estão expostos a alérgenos e irritantes. Em fase aguda a administração de broncodilatadores. Porém animais em casos crônicos o uso de corticosteroides para reduzir a inflamação, o mais indicado é manter o animal em locais livre de poeira, protegidos do vento nos meses de inverno, em baias arejadas e ao ar livre. Em casos crônicos as alterações pulmonares que podem ser consideras irreversíveis.

Conclui-se que é de extrema importância o tratamento adequado em relação ao tipo de dpoc, seja branda, aguda ou crônica, usando os medicamentos eficazes e seguros. Conduzindo ao animal uma melhor recuperação e sucesso no tratamento, visando a qualidade de vida do animal acometido por esta patologia.


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ISSN 2179-1589

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