REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 7 (2022)

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RESENHA - SÍNDROME VESTIBULAR

Miriã Rodrigues de Oliveira, Lorena Marcondes Santos, Vitória Stéfany da Silva

Resumo


A síndrome vestibular é um distúrbio neurológico relativamente comum em Medicina Veterinária. Muito comum em cães e gatos, definida como um conjunto de sinais clínicos associada a uma doença do sistema vestibular, o qual é o principal sistema sensorial responsável pela manutenção do equilíbrio e pela orientação normal do corpo em relação ao campo gravitacional da terra. Esse sistema está envolvido na detecção estática da cabeça, bem como sua aceleração, desaceleração, movimentos rotatórios e de inclinação, responsável pela manutenção da posição dos olhos, pescoço e membros em relação a posição ou movimento da cabeça. O sistema vestibular é constituído por dois componentes funcionais: o componente periférico, localizado no ouvido interno e no qual se incluem os receptores sensoriais localizados no labirinto membranáceo e a porção vestibular do VIII par de nevos cranianos e o componente central, localizado no tronco cerebral e cerebelo, e no qual se incluem os núcleos e feixes vestibulares.

Nesse sentido, a doença pode ser classificada de três maneiras: síndrome vestibular central, síndrome vestibular periférica ou síndrome vestibular idiopática canina. Na primeira, a origem da doença é no sistema nervoso central, as afecções mais comuns que causam a doença vestibular central são neoplasias e infecção ou inflamação do sistema nervoso central. Na segunda a doença se inicia no sistema nervoso periférico, ou seja, no nervo vestibular ou na orelha interna do animal, as afecções mais comuns observadas em pacientes com sinais vestibulares periféricos são, otite média/interna e a doença vestibular idiopática. Na terceira, não é possível identificar a causa e os sintomas se desenvolvem rapidamente.

Os principais sinais clínicos são alterações posturais da cabeça e do corpo, descoordenação motora (ataxia), alterações em movimentos oculares (nistagmo), paresia, entre outros sinais. A diferenciação clínica é importante para um plano diagnóstico e terapêutico correto, assim como para o estabelecimento de um prognóstico. De modo geral, o protocolo terapêutico e o prognóstico serão definidos de acordo com a etiologia da disfunção.


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ISSN 2179-1589

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