REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 7 (2022)

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RESENHA - SÍNDROME VESTIBULAR

Miriã Rodrigues de Oliveira, Amanda Regina Fernandes Ferreira da Silva, Thamires Kathleen Alves da Silva

Resumo


A Síndrome Vestibular é definida como um distúrbio neurológico, cujos sinais clínicos são associados a uma doença do sistema vestibular, o qual é responsável pelo equilíbrio e pela coordenação dos movimentos da cabeça, bem como os reflexos motores responsáveis pela estabilidade postural e ocular. Dessa forma, alterações no sistema resultam em alteração na postura, coordenação e movimentos oculares. Ademais, a anatomia do sistema vestibular é funcionalmente dividida em componente periférico e componente central, sendo o Periférico: receptores no ouvido interno, e a porção vestibular do VIII par de nervos cranianos, já o Central os núcleos e tratos vestibulares do tronco cerebral e cerebelo, tendo em vista que a diferenciação clínica entre ambos é importante para o diagnóstico. Outrossim, o animal acometido por essa síndrome pode apresentar os seguintes sinais clínicos: inclinação cefálica, perda do equilíbrio e desorientação, dificuldade para comer e beber água, nistagmo e surdez. O diagnóstico deve ser realizado por um Médico Veterinário Neurologista, de forma distinta para o componente periférico e para o componente central. Além disso, em todos os casos é importante realizar anamnese, exame físico e neurológico, exames laboratoriais e no caso dos cães mais velhos é realizado radiografia e ultrassonografia. Destarte, os exames complementares de diagnóstico em caso de Síndrome Vestibular Periférico são: otoscópico, miringotomia, punção aspirativa por agulha fina, biopsia, radiografia da bolha timpânica e ecografia da bolha timpânica, ressonância e tomografia, visto que, esses são realizados sob sedação ou anestesia geral dos cães. Igualmente, os exames complementares de diagnóstico em caso de Síndrome Vestibular Central são: Tomografia e Ressonância (método imagiológico de eleição para a maioria dos casos), análise do líquido cefalorraquidiano e avaliações genéticas. Por fim, o tratamento indicado pelo Médico Veterinário inclui antibiótico, sendo esse indicado apenas após o antibiograma, Diazepam, Maropitant e em alguns casos Difenidramina ou Meclizina, além de exercícios fisioterapêuticos como hidroterapia.


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ISSN 2179-1589

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