REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 7 (2022)

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Diabetes Mellitus Felina: Sinais clínicos, diagnóstico e tratamento

Miriã Rodrigues de Oliveira, Arthur Guimarães Gonçalves dos Santos

Resumo


A diabetes mellitus é a doença endócrina mais comumente observada no contexto clínico de atendimentos aos pequenos animais, consistindo em uma desordem endócrino pancreática em que as células Beta, responsáveis pela produção do hormônio insulina, por alguma circunstância ainda não descritas em literatura, reduzem sua secreção ou deixam de secretá-lo (diabetes mellitus tipo I), ou ocorre uma resistência periférica à insulina (diabetes mellitus tipo II). Gatos diabéticos comumente são obesos, fator este decorrente do excessivo aporte calórico causado comumente pela alimentação de livre escolha com ração seca felina. A perda de peso reduz a intolerância à glicose, provavelmente devido à melhora da resistência insulínica induzida pelo sobrepeso/obesidade. A redução efetiva do peso do animal geralmente requer uma combinação da restrição calórica, através do aumento no teor de fibras consumidas e com a melhora do gasto calórico/energético, através da prática de exercícios. Esta patologia geralmente é suspeitada através da evidência de sinais clínicos comuns: poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento, todavia, o diagnóstico é findado com a demonstração de hiperglicemia de jejum persistente, através da análise laboratorial de amostras sanguíneas, e glicosúria, através da análise laboratorial de amostra urinária, sendo que demonstrações de hiperglicemia isoladas não implicam num diagnóstico definitivo para o animal devido as alterações metabólicas ocasionadas por meio da administração de glicocorticoides ou outros hormônios hiperglicemiantes, que podem elevar os níveis da glicose na corrente sanguínea. A curva glicêmica pode ser estabelecida como método diferencial para o diagnóstico entre os tipos de diabetes. O tratamento da diabetes felina consiste em protocolos de insulinoterapia, monitoramento glicêmico, acompanhamento terapêutico pelo médico veterinário, manejo nutricional, prática de exercícios em nível adequado e readequação da rotina do animal.


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ISSN 2179-1589

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