A leptospirose é uma zoonose de extrema importância para a saúde pública e saúde dos animais. É uma doença endêmica no Brasil, mundialmente distribuída, sendo uma das principais ocorrências epidemiológicas. Ocorre principalmente em períodos chuvosos e pós-inundações, mais frequente em países ou regiões tropicais e subtropicais, e em estação da alta pluviosidade.

Popularmente conhecida como “A DOENÇA DO RATO”, apresenta alta transmissibilidade e mortalidade, acomete os animais mamíferos domésticos e silvestres (homem, cães, gatos, bois, cavalos, porcos, cabras, ovelhas e gambás), sem distinção de sexo, raça e faixa etária. Entretanto, gatos apresentam grande resistência a doença.

O roedor da espécie Rattus norvegicus, também conhecido como ratazana de esgoto, ocupa uma posição de destaque na transmissão da doença. Embora o rato-preto, ou rato- do-telhado (Rattus rattus), e o camundongo ou rato doméstico (Mus musculus) também possam eliminar a leptospiras na urina. Como medida profilática, deve-se evitar o contato com água ou lama que possam estar contaminadas por urina de rato. Medidas ligadas ao meio ambiente, tais como o controle de roedores, obras de saneamento básico (abastecimento de água, lixo e esgoto), evitar expor os animais a águas paradas e melhorias nas habitações humanas também auxiliam na prevenção. Por ser uma doença de fácil disseminação e com um ciclo biológico (figura1) que atinge diversas espécies, faz com que seja uma doença que necessite de ações envolvendo a saúde pública.