O uso indiscriminado de antimicrobianos na produção animal é preocupante, pois além de gerar resistência dos microrganismos, afetam a saúde humana, animal e ambiental.

O emprego de antibacterianos sem prescrição, doses e vias de administração não indicada, auxiliam no aparecimento de patógenos multirresistentes. Para os peixes, não há uma grande variedade de antimicrobianos registrados, doses indicadas e estudos nas principais espécies de peixes comerciais.

No Brasil existem dois antimicrobianos aprovados para uso na aquicultura: a oxitetraciclina e o florfenicol, além de um parasiticida, triclorfon (SINDAN, 2020). Tais medicamentos são administrados por via oral aos peixes de produção e em concentrações, muitas das vezes, maiores que o permitido. Segundo Bojarski et al., (2020), cerca de 70 a 80% da dosagem dos tratamentos permanecem na água, de modo que os resíduos de antibacterianos podem ser encontrados em produtos da piscicultura.