REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 7 (2022)

Tamanho da fonte:  Menor  Médio  Maior

O USO DAS ESTATINAS - REDUÇÃO DA PRODUÇÃO DE CoQ10 Importância da Suplementação para Minimizar Efeitos Colaterais

Meire Zulmira Braga, AMANDA MARIA CORDEIRO, SHEILA ARAUJO, HELEN CRISTINA CARVALHO, SONIA GLEIDE DOS SANTOS, RAYANE JENNIFER RODRIGUES MARQUES

Resumo


Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são responsáveis pela alta taxa de morbimortalidade  na maioria dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. As dislipidemias, também chamadas de hiperlipidemias, referem-se ao aumento das taxas de componentes lipídicos no sangue.( OLIVEIRA et al., 2008) O aumento dos níveis séricos do colesterol total e lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e  triglicerídeos, configura um dos principais problemas de desordem lipídica, em que os inibidores da HMG-coA redutase, conhecidos como estatinas -  nome dado a um conjunto de medicamentos dedicados a reduzir o colesterol em pessoas que não conseguem esse controle com dieta e exercícios. Estas estatinas conseguem  modular significativamente o perfil lipídico do paciente a favor de um equilíbrio benéfico. (FONSECA, 2005; ZIAEIAN; FONAROW, 2017)o uso das estatinas está associado à ocorrência de efeitos musculares indesejáveis, como dores, cãibras e/ou rigidez muscular além de redução da força muscular em idosos, Estima-se que 5 a 10% dos indivíduos que tomam estatinas sofrem de problemas musculares , (OPIEN LH 2013 ).Objetivo: O objetivo deste trabalho foi revisar artigos que correlacionaram a diminuição  da coenzima Q10  no organismo, em decorrência do  uso de estatinas e quais os eventuais benefícios da suplementação sobre a redução dos efeitos colaterais. . Metodologia: Realizou-se  uma   revisão bibliográfica, mediante a busca por artigos  que relacionavam o uso das estatinas com a redução da coenzima Q10, assim como os benefícios decorrentes da  suplementação com a coenzima Q10. Para a coleta de dados do estudo, foram acessadas as bases de dados, Scielo, Pubmed  e  BVS. Desenvolvimento:A coenzima Q10 (ou ubiquinona) é uma substância que atua na manutenção do correto funcionamento do músculo cardíaco e essencial para quem já sofreu com infarto é uma coenzima mitocondrial essencial na cadeia respiratória, atuando como carreadora de elétrons e indispensável na produção de ATP (CORDERO et al., 2013).  É uma molécula sintetizada de forma endógena pelo organismo e presente em alimentos como vegetais verdes, peixes, cereais e carne vermelha. É encontrada em todas as células do corpo humano, porém em maiores concentrações no coração, fígado, cérebro e músculo esquelético (SPINDLER; BEAL; HENCHCLIFFE, 2010).  Os níveis decrescem com a senilidade.A absorção da CoQ10 ocorre no intestino delgado e, devido a sua característica lipofílica, é realizada de forma lenta, sendo melhor absorvida na sua forma reduzida, o Ubiquinol.,é conhecido por ser o único antioxidade lipossolúvel, produzido no corpo humano. Devido a sua capacidade de atuar como antioxidante, o interesse pela CoQ10 vem aumentando muito, apresentando uma elevada eficácia, visto que se encontra abundantemente distribuída pelo organismo e tem a aptidão de se reduzir ou reativar-se quando necessário. Na sua forma reduzida, ela é um poderoso antioxidante que previne danos oxidativos causados pelos radicais livres (CHATURVEDI, 2008) Suplementação com coenzima Q 10 é a principal estratégia estudada para permitir que um maior número de pacientes se beneficie da terapia com estatinas, principalmente em estudos sobre rigidez muscular associados a  estatinas.  (TAYLOR ET. AL  2015 ).Conclusão: Devido à importância biológica da CoQ10 e as evidências até aqui alcançadas, acredita-se que a sua suplementação tenha potencial para atuar na prevenção e tratamento desses possíveis efeitos colaterais e complicações, oferecendo mais saúde e qualidade de vida aos dependentes desse tratamento farmacológico.


Texto Completo: PDF

ISSN 2179-1589

PUBLICAÇÕES UNIVERSO