REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 7 (2022)

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Aspectos radiográficos de Hipoplasia de Traqueia

Nathália das Graças Dorneles Coelho, Gabriela Furbino Bretas de Castro, Tiago de Oliveira Neto

Resumo


A traqueia é um órgão de tecido conjuntivo tubular flexível, e uma das patologias que a afetam é o colapso de traqueia, no qual ocorre degeneração e enfraquecimento dos anéis traqueais associados ao relaxamento da membrana dorsal traqueal resultando em estreitamento do seu lúmen. Sendo um orgão tubular, cartilaginoso ele é responsável por conectar a laringe aos brônquios. É pela traqueia que o ar que entra pelas narinas chega até os pulmões para realização as trocas gasosas. A hipoplasia de traqueia é o estreitamento generalizado do lúmen da traqueia em toda a sua extensão, dificultando a passagem do ar. Trata-se de uma anomalia congênita e está frequentemente associada a animais braquicefálicos, juntamente com outras alterações anatômicas que caracterizam a Síndrome Braquicefálica. Nestes pacientes, os anéis cartilaginosos da traqueia são pequenos e com as extremidades sobrepostas; a membrana traqueal é estreita e em alguns casos pode ser ausente. Em cães, as raças mais      afetadas       são:       Buldogue       Inglês,       Boston Terrier, Pequinês, Pug, Shih Tzu, Boxer, Lhasa Apso, Cavalier King Charles Spaniel e Mastiff. A frequência é menor em felinos, porém há relatos em animais de raças de face curta, como Himalaio, Exótico e Persa. A afecção está presente desde o nascimento tanto em macho quanto em fêmeas, contudo é comum que o(a) tutor(a) procure atendimento quando o animal já é adulto (entre dois e quatro anos) e apresenta grandes prejuízos respiratórios. Em alguns animais, a hipoplasia de traqueia passa despercebida, por ser assintomática, e acaba sendo diagnosticada como achado incidental em exames radiográficos do tórax. O prognóstico depende da gravidade das alterações anatômicas e da possibilidade de correção das mesmas. Quanto maior a obstrução, maior a dificuldade respiratória apresentando, portanto, um potencial risco de morte ao animal. Os sinais clínicos tendem a piorar progressivamente caso os problemas não sejam tratados oportunamente. A intervenção precoce pode garantir um bom prognóstico para a maioria dos animais.


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ISSN 2179-1589

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