REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 8 (2023)

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Homofobia no esporte: a urgência de uma mudança de mentalidade

Maria Clara Rocha Reis, Cassia Merice de Almeida, Isadora Carolline Guerra de Moura, Juliana Sampaio Ceccato

Resumo


O preconceito no mundo do esporte infelizmente ainda é uma triste realidade, na qual os atletas seja no vôlei, futebol ou outra modalidade esportiva são agredidos de maneira inconsequente, desrespeitosas e hostis por sua cor, raça, religião ou orientação sexual. Um exemplo claro desse preconceito é a relutância em usar a camisa com o nº24 no futebol, tudo por conta da associação estigmatizada que grande parte da população faz entre o numero e a homossexualidade. O não uso da camisa  de numero 24 no futebol escancara a mentalidade discriminatória e limitada do ser humano. Essa associação negativa é simplesmente baseada em estereótipos infundados e não deve ter lugar em uma sociedade em evolução e que busca por igualdade e inclusão. É extremamente importante destacar que a escolha de uma camisa não define a sexualidade de uma pessoa. Associar um número de camisa a orientação sexual de alguém é uma generalização injusta e prejudicial. O preconceito no mundo do esporte também é direcionado as mulheres, que infelizmente enfrentam estereótipos de gênero, faltam de apoio e desvalorizada de suas conquistas e capacidades. Além disso, jogadores e atletas negros enfrentam insultos racistas, discriminação e tratamento diferenciado por conta da cor de sua pele. Esses atos de preconceito não só afetam emocionalmente os jogadores, mas também prejudicam a dinâmica do jogo e a imagem do esporte como um todo. O esporte precisa ser um ambiente inclusivo, onde todos os jogadores possam expressar suas identidades e individualidades, sem medo de sofrer discriminação ou exclusão. Para combater o preconceito no mundo do esporte, é preciso de um esforço coletivo, no qual as federações esportivas, os clubes, os jogadores ou atletas e até mesmo a mídia desempenham um papel fundamental de promoção de igualdade e desconstrução de estereótipos ultrapassados.É fundamental que sejam implementadas políticas de tolerância zero para qualquer forma de preconceito. Além disso, é necessário que os jogadores, treinadores e torcedores sejam educados com campanhas de sensibilização sobre a importância do respeito mutuo e da aceitação da diversidade. As penalidades por comportamento discriminatório precisam ser rígidas e aplicadas de forma consistente.



ISSN 2179-1589

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