REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

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O USO DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS) NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Walter Batista Cicarini, maria do socorro pacheco pena

Resumo


SOUSA, C. J.1; OLIVEIRA, D. A.1; FREITAS, D. S.1; ALVES, F. M.1; ALMEIDA,

F. J. M.1; OLIVEIRA, I. K. A. S.1; SILVA, T. C. B.1; PINHEIRO, V. M1, CICARINI, W. B2.

1 Graduandos do 4o período em fisioterapia pela Universidade Salgado de Oliveira.
2 Orientador e Professor de farmacologia pela Universidade Salgado de Oliveira.

Introdução: As doenças cardiovasculares (DCVs) são as principais causas de morte no Brasil. Cerca de 30% da população é afetada todo ano. Os fatores de risco das DCVs são muitos, sendo eles alteráveis, como a hipertensão arterial, diabetes mellitus, tabagismo, obesidade, estresse emocional e sedentarismo, ou não controláveis como idade, sexo, raça e histórico familiar. Muitos esforços têm sido empregados para reduzir o índice de mortalidade pelas DCVs, tais quais mudanças no estilo de vida, dieta, práticas de atividades físicas, cessação de tabagismo, controle de hipertensão arterial, diabetes mellitus e dislipidemia. Sabe-se que os antiagregantes plaquetários são úteis na prevenção de eventos cardiovasculares, e o Ácido Acetilsalicílico (AAS) apresenta evidências de utilidade terapêutica. O AAS pertence ao grupo dos fármacos anti-inflamatórios não-esteroidais e seu mecanismo de ação baseia- se na inibição irreversível da enzima ciclooxigenase. O AAS é utilizado há mais de 100 anos por seus efeitos analgésico, antipirético e anti-inflamatório e somente em 1960 foi descrito seu efeito antiagregante plaquetário, onde é bloqueada a síntese do Tromboxano A2, que é um potente vasoconstritor e estimulador da agregação plaquetária. Por esta razão, o AAS diminui a probabilidade de formação de coágulos que podem obstruir o fluxo sanguíneo. Embora estejam bem estabelecidos os benefícios do tratamento com AAS na redução do risco de infarto agudo do miocárdio, de acidente vascular cerebral (AVC), ou de morte de causa vascular entre homens e mulheres com doença cardiovascular pré-existente, o papel do AAS na prevenção primária é menos claro. Seu uso constante pode causar irritação e sangramento gástrico, muitas vezes sem sintomas, por isso nos últimos anos estão tentando reduzir a dose. Objetivo: Compreender o mecanismo de ação, ainda como o ácido acetilsalicílico (AAS) contribui para a prevenção de doenças cardiovasculares. Metodologia: Foi realizada revisão de artigos científicos, em base de dados da Scielo, publicadas entre os anos 2004 a 2012. Conclusão: O Ácido Acetilsalicílico demonstra sua eficácia na redução de infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), sendo mais resultante que outros agentes plaquetários, ou seja, o uso do AAS em doses baixas na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares como antiagregantes plaquetário tem mostrado resultados positivos, além de possuir baixo custo, disponibilidade e fácil implementação. Estudos demonstraram que, tanto na prevenção primária (pessoas com idade ≥ 40 anos com pelo menos dois fatores de risco: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e/ou dislipidemia), quanto na prevenção secundária (pacientes com história de AVC isquêmico, IAM e/oucom angina pectoris), o uso do AAS pode levar a uma importante redução de eventos cardiovasculares, que pode ser de até 40%. 




ISSN 2179-1589

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