O trabalho interdisciplinar realizado pelas disciplinas Criminologia, Economia Aplicada ao Direito, Direito Constitucional e Direito Civil, todas, do 3º. período do curso de Direito, teve como objetivo estimular a leitura, a pesquisa para conhecer a realidade do sistema prisional brasileiro e dos encarcerados com base no conhecimento científico das disciplinas envolvidas. Ademais, primou-se pelo conhecimento de uma unidade prisional, a sua realidade, o preso e sua condição socioeconômica, o custo do preso no sistema pesquisado, entrelaçando os dados obtidos com as teorias e tópicos estudados nas disciplinas envolvidas. Para tanto, as turmas foram divididas em grupos para que cada grupo pesquisasse uma unidade prisional predeterminada. Dessa forma, nenhum grupo analisou sobre uma mesma unidade, pois o buscou-se obter o conhecimento de muitas unidades que integram o sistema prisional. Assim, foram 8 (oito) unidades pesquisadas: APAC de Nova Lima, APAC de Santa Luzia, Complexo Penitenciário Público Privado- PPP (Ribeirão das Neves), Penitenciária Antônio Dutra Ladeira (Ribeirão das Neves), Complexo Penitenciário Feminino Estévão Pinto (B.H.), Penitenciária Nelson Hungria (Contagem) e Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade (Vespasiano) e o Instituto Raul Soares (B.H.). Ressalta-se que, neste último ficam os que incorreram em crimes, mas são inimputáveis. Salienta-se que as pesquisas foram feitas em jornais, revistas, livros, sites e outros meios de divulgação de informações, em especial, os oficiais, como o da Secretaria de Defesa Social (SEDS), além de entrevistas com egressos do sistema prisional e/ou que estão em livramento condicional, com juízes e/ou assistentes sociais e/ou agentes penitenciários e/ou familiares de presos. Após as averiguações, os grupos confeccionaram cartilhas sobre as unidades estudadas e realizaram, nas aulas de Criminologia, o "Seminário sobre o sistema prisional" para compartilhar os dados dos locais pesquisados, da realidade do sistema como um todo (desde a estrutura física, material das unidades, realidade socioeconômica do encarcerado até mesmo os projetos de ressocialização). Contudo, os alunos obtiveram uma amostragem da realidade prisional mineira e puderam averiguar os conteúdos/teorias das disciplinas envolvidas se estão ou não presentes na realidade carcerária.