A Sociedade Internacional de Continência (ICS) define in­continência urinária (IU) como a condição em que ocorre perda involuntária de urina. Já a incontinência urinária de esforço (IUE), sua forma mais comum, é definida como toda perda de urina decorrente de algum esforço físico.Normalmente ela ocorre quando aumenta a pressão abdominal e esta pressão extra é transmitida à bexiga, culminando em perda de urina. O tratamento da IUE pode ser clínico ou cirúrgico. Nos últimos anos, o tratamento clínico vem ganhando maior projeção pelos bons resultados, baixo índice de efeitos colaterais e diminuição de custos. Entre as modalidades clínicas para o tratamento da incontinência urinária de esforço assinalam-se as técnicas comportamentais e o tratamento fisioterápico, com destaque para os exercí­cios perineais, a eletroestimulação do assoalho pélvico, a terapia com cones e o biofeedback.

Segundo Santos e col em 2009 o tratamento com a eletroestimulação do assoalho pélvico apresenta resultados conflitantes. As taxas de cura variam de 30 a 50%, e as de melhora clínica, entre 6 e 90%. Isso decorre dos diversos critérios de avaliação, assim como dos diferentes parâmetros para eletroestimulação.

O objetivo desse estudo foi pesquisar na literatura evidência científica e relevância sobre o efeito da eletro estimulação no pad test em mulheres com incontinência urinária de esforço.

Foram realizadas buscas de artigos publicados entre 2010 e 2015 nos seguintes bancos de dados informatizados: PubMed, Scielo e PEDro através das palavras- chave: “incontinência urinária de esforço”, “eletro estimulação”, “mulheres”.

Os estudos analisados mostram que houve benefícios significativos com o desfecho redução da perda urinária em gramas. Os resultados sugerem melhoras consideráveis dos sintomas, mas ensaios clínicos com melhor qualidade metodológica devem ser realizados para avaliar qual o real efeito da eletro estimulação e qual a melhor maneira de ser utilizada.