As principais alterações observadas em indivíduos com Insuficiência Renal Crônica (IRC) são anemia, HAS e atrofia muscular. Em virtude destas alterações, têm sido propostos programas de exercício físico que visam não somente o tratamento dos sinais clínicos da doença, mas de suas repercussões na função muscular, cardiovascular e na Qualidade de Vida (QV), já que estes indivíduos tendem ao sedentarismo e à limitação funcional que implicam na baixa capacidade aeróbica e perda de força muscular. Embora tenham ocorrido grandes avanços em relação ao tratamento da IRC, o tratamento dialítico isolado não assegura melhora física e funcional desses indivíduos. Portanto, a incorporação de exercícios físicos à rotina desses indivíduos deve ser considerada como parte do tratamento. O exercício físico pode ser realizado tanto durante as sessões de hemodiálise quanto nos dias que o paciente não realiza a hemodiálise. Atualmente existe uma variedade quanto à forma de aplicação desses programas de exercícios destinados à reabilitação de pacientes com IRC, no que diz respeito à intensidade, frequência e duração, devendo estas serem sempre adequadas às realidades de cada serviço e de cada paciente. Estudos atuais evidenciaram que a prática regular e supervisionada de exercícios físicos pelos pacientes com IRC é segura e benéfica, porém quando realizados durante as sessões de hemodiálise apresentam vários efeitos benefícios como melhora da capacidade aeróbica e da força muscular, controle dos fatores de risco cardiovasculares, melhora da QV e sobretudo aumento na velocidade da remoção dos solutos reduzindo o tempo necessário para realizar a diálise.