REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

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SISTEMA OBLÍQUO POSTERIOR E LONGITUDINAL PROFUNDO COMO MECANISMOS DE ESTABILIZAÇÃO SACROILÍACA

Caroline Soares

Resumo


A região lombopélvica apresenta função de transferência de peso entre os membros inferiores e a coluna vertebral e vice-versa. Essa função demanda uma grande capacidade de manutenção da estabilidade estática e, principalmente, dinâmica nesse complexo articular. As estruturas responsáveis pela estabilização SI atuam por meio de dois mecanismos chamados de fechamento por forma e fechamento por força, constituindo o mecanismo de auto-travamento da SI. Dois sistemas de estabilização por força atuam desta maneira na articulação SI: sistema oblíquo posterior e o sistema longitudinal profundo. O objetivo desse estudo foi realizar uma revisão na literatura sobre a contribuição do sistema oblíquo posterior e longitudinal profundo na estabilização sacroilíaca. Essa revisão narrativa foi composta de 3 artigos selecionados a partir das bases de dados Medline, Lilacs, Cochrane, Scielo e Pedro nos idiomas inglês e português.  O sistema oblíquo posterior e o sistema longitudinal profundo são dois destes sistemas que atuam diretamente na estabilidade sacroilíaca devido à conexão através dos ligamentos sacrotuberal e sacroilíaco posterior longo. Estes sistemas também sofrem influencia do mecanismo de transmissão miofascial de força, através das conexões citadas anteriormente. Na deficiência de um dos sistemas, episódios de instabilidade poderão ocorrer devido ao aumento do cisalhamento articular, sendo assim dependentes destes sistemas de estabilização para correto funcionamento deste complexo articular. A articulação SI é uma das causas de dor lombar, no entanto pouco identificada devido à dificuldade de diagnóstico clínico, portanto, identificar possíveis intervenções e comprová-las cientificamente também é um fator a ser estudado no futuro. Um fator identificado em todos os estudos é instabilidade por deficiência do fechamento por força, no entanto, poucos estudos foram encontrados nesta revisão dos sistemas oblíquo posterior e longitudinal profundo. Saliento que a estabilização SI não deve ser considerada apenas como decorrente destes dois sistemas, mas sim outras unidades que levam à alteração cinesiológica e postural. Devemos considerar também o mecanismo de TMF que pode contribuir ou causar uma instabilidade articular, tornando assim mais complexa a avaliação do fator causal de instabilidade SI.




ISSN 2179-1589

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