REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

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A EFICÁCIA DA TERAPIA MANUAL NA MELHORA DA DOR EM PACIENTES COM SÍNDROME DO IMPACTO DO OMBRO

Caroline Soares

Resumo


O estudo foi realizado através de pesquisa às bases de dados Lilacs, Scielo, MedLine e PEDro referente à eficácia da terapia manual na melhora da dor em pacientes com síndrome de impacto do ombro. Em todas as bases de dados foram utilizadas as seguintes combinações de palavras-chave: “terapia manual, dor, síndrome do impacto de ombro, articulação glenoumeral, manual therapy, subacromial impingement syndrome, pain”.

 A articulação glenoumeral é a mais móvel e a menos estável de todas as articulações do corpo humano. É formada pela grande cabeça do úmero e pela fossa glenóide rasa. A cápsula da articulação glenoumeral possui um volume duas vezes maior que o da cabeça do úmero, o que torna possível um afastamento pouco superior a 2,5 cm entre a cabeça do úmero e a fossa glenóide. A cápsula articular é relativamente fina e bastante frouxa, contribuindo para a mobilidade e a falta de estabilidade da articulação. A cápsula articular é reforçada anterior, posterior e inferiormente por estruturas ligamentares distintas. Por causa da fraqueza intensa, a articulação é suscetível tanto a alterações degenerativas quanto a outros desarranjos. As lesões do ombro mais comuns são a síndrome do impacto, instabilidade do ombro e tendinite do manguito rotador.

            O termo “síndrome do impacto” foi popularizado por Neer em 1972. Ele enfatizou que tanto a inserção do supra-espinhal no tubérculo maior quanto o sulco biciptal estão localizados adiante do arco coracoacromial com o ombro na posição neutra, e que, com a flexão anterógrada do ombro, essas estruturas podem passar por debaixo do arco coracoacromial, proporcionando a oportunidade para a compressão ou impacto. A síndrome do impacto é perpetuada pelo efeito cumulativo de muitas passagens do manguito rotador por debaixo do arco coracoacromial. Isso resulta em irritação do tendão supra-espinhal e, possivelmente, infra-espinhal, assim como em hipertrofia da bursa subacromial, que pode tornar-se fibrótica, reduzindo assim ainda mais um espaço já comprometido.

            A fisioterapia é frequentemente utilizada para o tratamento da síndrome de impacto do ombro, incluindo várias modalidades no tratamento, tais como a termoterapia, eletroterapia (tens, ultrassom, laser), terapia manual e exercícios terapêuticos.

            A terapia manual, incluindo a manipulação e a mobilização, é uma das técnicas utilizadas para o tratamento da síndrome do impacto do ombro. Segundo a Canadian Physioterapy Association, mobilização é definida como movimentos passivos rítmicos e de amplitude graduada aplicados a uma articulação dentro de sua amplitude de movimento fisiológica, com intenção de restaurar o movimento máximo, a função e/ou reduzir a dor. Essa mesma organização descreve a manipulação como impulso passivo, de alta velocidade e baixa amplitude, aplicada a uma articulação além do seu limite de movimento fisiológico, mas dentro do seu limite anatômico, com intenção de restaurar o movimento máximo, a função e/ou reduzir a dor.

Sendo assim, este estudo tem como finalidade buscar na bibliografia os efeitos fisiológicos, as técnicas de aplicação e a eficácia da terapia manual na melhora da dor em pacientes com síndrome do impacto do ombro.




ISSN 2179-1589

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