REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

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FISIOTERAPIA NA SÍNDROME DO IMOBILISMO

Agnes Flórida Santos da Cunha, Monize Cristine de Oliveira Pires, Miria dos Santos Sobrinho

Resumo


A Síndrome do Imobilismo é definida como um conjunto de sinais e sintomas que geram alterações de caráter negativo no organismo, devido à inatividade ou imobilismo. Cerca de 20% dos idosos acima de 75 anos têm declínio da mobilidade, e o fato das famílias diminuírem as atividades desses idosos agrava ainda mais a situação. Pessoas que passam por internações hospitalares prolongadas também podem ser acometidas pela síndrome, caso sejam submetidas a uma assistência hospitalar inadequada. Para que haja seu diagnóstico é necessário que o indivíduo apresente sintomas como: múltiplas contraturas, déficit cognitivo médio ou grave, alterações cutâneas, disfagia ou úlceras. Os principais fatores causais são doenças neurológicas, como acidente vascular encefálico e Parkinson, doenças osteoarticulares e alterações psíquicas (depressão, demência). O quadro clínico da síndrome do imobilismo inclui hipotrofia muscular generalizada, deformidades, rigidez articular, úlceras de pressão, dermatites, incontinência urinária, redução da motilidade gastrointestinal, podendo acarretar osteoporose grave, com conseqüentes fraturas espontâneas, além de gerar graves alterações na mecânica respiratória, reduzindo a capacidade funcional do indivíduo. O fisioterapeuta atua de forma a prevenir o aparecimento da sintomatologia ou retardar a evolução da doença, através de condutas relativamente simples, mas que geram efeitos extremamente benéficos ao indivíduo. A conduta fisioterapêutica baseia-se no incentivo da movimentação ativa sempre que possível, com o maior nível de funcionalidade, além de mudanças de decúbito no mínimo de 3 em 3 horas; ganho ou manutenção da amplitude de movimento através da movimentação passiva, ativo-assistida e ativa; ganho ou manutenção de força muscular; melhora da flexibilidade; estimulação da sedestação, ortostatismo e deambulação, além de exercícios respiratórios para melhora da força muscular inspiratória e da expansibilidade pulmonar.



ISSN 2179-1589

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