REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

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AS CONTRIBUIÇÕES DOS CAMPOS DE VIVÊNCIAS NA FORMAÇÃO ACADÊMICA DO CURSO DE ENFERMAGEM

FLAVIA HERMINIA OLIVEIRA LEITE MIRANDA, Eva Zan Pereira

Resumo


Trata-se de uma pesquisa exploratória, de base quanti-qualitativa, realizada com acadêmicos do 4º, 5º e 6º períodos de graduação em Enfermagem, através da disciplina Vivências em Enfermagem III, no campo da Universidade Salgado de Oliveira, no período de 12 de setembro a 23 de setembro de 2016. “A preceptoria é uma prática muito utilizada no campo da saúde, mas pouco abordada na literatura, até mesmo na legislação existente. Na graduação em enfermagem, essa prática passa a ser mais discutida a partir de 1996, com o Parecer 314/94 do Conselho Federal de Educação que, ao ser aprovado pelo Ministério da Educação, constituiu as Portarias 1721/94 e nº 001/96, que regulamentaram o novo currículo mínimo para os cursos de graduação em enfermagem.” Objetivo foi averiguar as contribuições dos campos de Vivências da disciplina Vivências em Enfermagem para a vida acadêmica e formação profissional do graduando em enfermagem, uma vez que esta disciplina possui como ferramenta do processo de ensino e de aprendizagem a metodologia da problematização e aplicação do Arco de Maguerez para solucionar problemas e intervir na realidade da prática direcionadas à proposta do estágio supervisionado. A metodologia utilizada deu-se através de investigação científica sobre o tema com revisão de bibliografia das palavras-chaves: estágio; enfermagem; aprendizagem; Educação em enfermagem. Foram encontrados seis artigos científicos e três foram selecionados, contemplando o intervalo entre 2008 à 2015. Também utilizou-se métodos de inclusão e exclusão: Foram selecionados os artigos de maior relevância para nos auxiliar e orientar na melhor decisão para uma intervenção eficaz. Realizou-se um questionário entre com acadêmicos do 4º, 5º e 6º períodos de graduação em Enfermagem com propostas direcionadas ao tema, observação da realidade, levantamento de várias hipóteses relacionadas a não conformidade, investigação científica sobre o tema e por último, fez-se um planejamento com o intuito de desenvolver ações que possam contribuir para o desempenho do preceptor e do acadêmico e do campo de vivências. Na ánalise dos questionários, verificou-se a realidade da dicotomia teórico-prática, onde os acadêmicos enfantizaram a dificuldade entre do acadêmico com a prática no campo devido ao sentimento de insegurança, medo e ansiedade. Também constatou-se que a universidade possui recursos e docentes competentes; presença de preceptores capacitados; boas alianças com os campos de estágio. Como hipótese de solução após a compreensão da realidade, propôs ser necessário construir um formulário com os pontos mais relevantes para avaliação tanto do acadêmico quanto do preceptor para que estes possam vir a contribuir para o crescimento e formação do profissional enfermeiro. Conclui-se então que os campos de vivências continuam como importante ferramenta para a formação do profissional de enfermagem, uma vez que é nesse momento que o discente poderá utilizar os conhecimentos teóricos adquiridos no decorrer da graduação, buscando, através de uma autoanálise a cerca das experiências pessoais e da própria atuação se autodescobrir como profissional.




ISSN 2179-1589

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