REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

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REPERTÓRIO DE ATIVIDADES RECREATIVAS

Guilherme Velloso

Resumo


A disciplina Recreação e Lazer oferece, na sua apostila do curso, o repertório das atividades recreativas que são vivenciadas nas aulas práticas. Esse repertório, claro, não pretende esgotar todas as possibilidades de intervenção. Ao contrário, consiste num pontapé inicial para que os discentes da disciplina possam iniciar sua prática pedagógica no campo da Animação Cultural.

A expectativa, assim, é que o leitor possa, num primeiro momento, reproduzir e recriar as atividades ofertadas no repertório. Em seguida, contudo, será necessário adquirir o hábito da pesquisa com vistas a ampliar esse repertório inicial. Para tanto, além do grande número de referências bibliográficas disponíveis em bibliotecas e livrarias, sugere-se vasculhar a internet em busca de conteúdos que possam compor programa de intervenção do futuro animador cultural. Outras fontes também contribuirão com a formação do repertório de atividades: os colegas profissionais e o público com o qual nosso discente irá lidar no seu cotidiano profissional são fontes inesgotáveis de conhecimento, bastando estar disposto a aprender com eles. Recomenda-se também a sistematização da bagagem cultural adquirida durante a infância e juventude. Num segundo momento, que não interromperá o perene trabalho de pesquisa e sistematização citado, pode-se criar novas atividades, adequadas a satisfazer as demandas específicas que advirão da realidade profissional em que o profissional estiver inserido e das necessidades reais e imediatas apresentadas pelo público com o qual estiver trabalhando.

Além de contribuir com a formação de um acervo de atividades recreativas que poderão ser usadas nas primeiras intervenções profissionais, o repertório também busca, mesmo que de forma reticente, ofertar “dicas didáticas”, como as que se seguem:

“certificar-se de que o público participante conhece o funcionamento das atividades que serão vivenciadas é uma atitude imprescindível a qualquer animador, bem como reunir o grupo antes de cada atividade e verificar se os participantes conhecem a letra e a melodia músicas, a dinâmica de funcionamento, as regras e o regulamento de cada brincadeira ou jogo. Para tanto, é fundamental que o animador seja visto e ouvido por todos. A disposição espacial da roda, nesse sentido, é recomendada, pois além de ser uma formação democrática, permite que todos sejam vistos e ouvidos pelos demais. Alternar a intensidade das atividades é outra sugestão: do contrário, atividades muito intensas em sequência poderão desgastar fisicamente o grupo, fazendo com que a programação precise ser interrompida precocemente”.

É preciso lembrar que a Animação Cultural busca contemplar os vários interesses culturais. Se nesse repertório privilegia-se o conteúdo físico-esportivo a ser vivenciado no lazer é devido ao fato de estarmos inseridos num curso de graduação em Educação Física. Cabe assinalar, assim, que equipes multidisciplinares podem, de forma mais efetiva, ampliar as possibilidades de vivência do lazer dos sujeitos ou grupos sociais alvos de um programa de Animação Cultural. Isso, entretanto, não exime o animador cultural – seja qual for sua especialidade – de investir continuamente na sua formação cultural.




ISSN 2179-1589

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