REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

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AUTOPERCEPÇÃO DA IMAGEM EM MULHERES ESTUDANTES DE ENFERMAGEM

Vilma Fernandes Carvalho, Paola Gonçalves de Almeida Quintão, Flavia Mucci Carvalho Pinheiro, Quésia Barreto Marinho da Silva, Caroline Alcântara Ferreira Dias

Resumo


A forte tendência sociocultural de considerar a magreza como uma situação ideal de aceitação e êxito está influenciando negativamente cada vez mais os jovens, especialmente mulheres. A imagem corporal é construída ao longo dos anos e a autopercepção cresce conjuntamente com a personalidade de cada um e pode ser exacerbada pelo perfil dos grupos sociais e profissionais. Neste trabalho objetivou-se avaliar o nível de satisfação corporal de mulheres estudantes de Enfermagem praticantes e não praticantes de exercício físico. Tratou-se de um estudo transversal, descritivo e com abordagem quantitativa, desenvolvido no interior da Universidade Salgado de Oliveira, em Belo Horizonte/Minas Gerais. Incluiu-se na pesquisa alunos regularmente matriculados no curso de Enfermagem no turno da noite, com alunos do 2°ao 8° período, matriculados no 1° semestre de 2015. No universo amostral de 173 estudantes, a amostra final constou-se de 30 alunas com idade de 22 a 58 anos (média = 37 anos). O projeto foi Submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO) em Niterói no Rio de Janeiro. Para classificação dos Níveis de Satisfação Corporal (NSC) distribuiu-se um conjunto de Silhueta proposto por Stunkard et al. (1983), e  perguntou-se: (i) Qual é sua imagem ideal?; (ii) Qual é sua imagem atual? O padrão de classificação entre os níveis de satisfação foi categorizado a partir de uma escolha arbitrária de níveis para a diferença entre a silhueta ideal e a silhueta atual, sendo 0 (satisfeito); +1 ou -1 (pouco satisfeito); +2, +3 ou -2, -3 (insatisfeito) e ≥+4 ou -4 (muito insatisfeito). Para as 05 alunas praticantes de exercícios físicos regulares, idade de 26-36 anos (32±3,7) obteve-se NSC variando de -2 até 4 (1,2±2,4), uma satisfação moderada; para as 30 não praticantes, com idade de 22-58 anos (37±10) alcançou-se NSC de 0 até 6 (2,4±1,6) sendo consideradas insatisfeitas. Conclui-se que as estudantes de enfermagem que praticam exercícios físicos apresentam-se mais satisfeitas com a imagem. Espera-se que a divulgação deste resultado motive as futuras enfermeiras à prática de exercício físico para melhorar a percepção da imagem e a qualidade de vida.




ISSN 2179-1589

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