REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

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JOGOS E BRINCADEIRAS INDÍGENAS: Resgate Cultural

AÍDA LINHARES BARBOZA

Resumo


JOGOS E BRINCADEIRAS INDÍGENAS: Resgate Cultural

Profª. Aída Linhares Barboza

 

A proposta deste trabalho foi proporcionar aos alunos do curso de Educação Física interagir com novas culturas a partir da prática de jogos e brincadeiras indígenas em visita a tribo Pataxó, localizada no distrito de Carmésia/MG..

O jogo é um elemento essencial do homem, contribui para a ocupação do tempo ócio, além de refletir os usos, costumes e história social de um povo. Já o brincar é a forma mais primitiva de expressão desde a infância, sendo um ato espontâneo e voluntário de se divertir e ter prazer.

Os jogos ajudam a desenvolver habilidades motoras, o cognitivo e a interação e integração social, o brincar não muito distante do jogo também é uma maneira de aprender.

De acordo com Kishimoto (1997), uma criança atirando com um arco e flecha pode ser uma brincadeira ou pode ser uma criança que está se preparando para a arte da caça (como pode ocorrer num contexto indígena). Tanto o jogo como a brincadeira são atividades que propiciam a criança, independente do contexto social, ações voluntárias, espontâneas, mas que se delimitam em um tempo e espaço, proporcionando prazer e estabelecendo reforçadores positivos essenciais de aprendizagem. 

Consta na história do Museu do Brinquedo em Belo Horizonte que o primeiro brinquedo a ser construído no Brasil foi a peteca e quem inventou foram os índios. Os índios possuem muitos jogos e brincadeiras, alguns são bastante conhecidos por vários povos indígenas e  nãos indígenas, como a perna de pau, cabo de guerra, corrida do maracá, arco e flechas, zarabatana entre outros.

Existem dentro do contexto indígena brincadeiras que só as crianças jogam, outras que os adultos jogam junto e assim ensinam as melhores técnicas. Tem brincadeiras que são só de meninos/índios, outras já são só de meninas/índias.

A experiência desse projeto foi única, oportunizando aos nossos alunos o contato direto com a cultura indígena e acrescentando o acerto cultural e aprendizagem de novas práticas corporais.

Em depoimento da aluna Agda aos índios no encerramento da visita expressou todo o sentimento dos demais colegas ao dizer: “uma experiência inesquecível e um aprendizado único sobre novas atividades indígenas, que com certeza, serão aplicadas na escola”.

O projeto cumpre assim seu objetivo de proporcionar aos alunos da graduação o conhecimento in loco das diferentes práticas corporais indígenas. Agregando valores culturais ao conhecimento, e alinhando a teoria a pratica.

 

Referência:

KISHIMOTO, Tizuko. Jogos, Brinquedos e Brincadeiras na Educação. São Paulo: editora Cortez, 1997.

 




ISSN 2179-1589

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