A obesidade é um problema de saúde pública mundial e uma das responsáveis pelo aumento exponencial das doenças crônicas. Suas causas vão desde os aspectos genéticos aos hábitos alimentares, associados ao sedentarismo. No Brasil, 1 em cada 5 brasileiros é obeso e metade da população está na faixa do Sobrepeso. Na busca pela contenção do aumento de peso ou até mesmo na redução ponderal as pessoas são tentadas a usar estratégias de restrição calórica associadas à prática de exercícios físicos, contudo, os resultados não se mostram animadores em médio e longo prazo, quando se trata de cenários epidemiológicos. Uma das principais causas para este insucesso é a chamada Termogênese Adaptativa, um processo de regulação descendente no metabolismo em repouso, através da ação do eixo hipotálamo-hipófise-tireoide, que impacta severamente os resultados nas condutas radicais para redução ponderal. Esses desfechos são observados em estudos longitudinais com duração superior a um ano e acompanhamentos de até seis anos pós-intervenção, revelando inclusive um efeito irreversível no metabolismo em repouso em casos extremos, de redução de até 60 kg em 30 semanas. Apesar de não haver uma conduta consolidada em relação aos melhores métodos para fugir ou minimizar a Termogênese Adaptativa, a literatura atual sugere ações multidisciplinares; atividades em vias metabólicas variadas; com metas em longo prazo, customizadas à realidade e histórico individual; e usando métodos menos sensíveis à plasticidade e capacidade adaptativa do sistema neuromuscular.