REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 7 (2022)

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Humanização em ambientes médicos

Jaime Alvez de Oliveira Junior, Carla Oliveira Cruz

Resumo


Objetiva-se por meio deste estudo apresentar um relato sobre o trabalho apresentado de humanização em ambientes médicos na Universidade salgado de Oliveira no 9º período de Psicologia. Muitas pessoas que estão vivenciando algum sofrimento, ao buscar por atendimento médico questionam o acolhimento muitas vezes desumano, o sujeito que sofre busca por uma resposta da dor e deseja ser ouvida perante o mal que lhe ronda, alguns fatores são levantados por estes sujeitos no atendimento, como: salas de espera quase sempre cheias , mau atendimento, um olhar desatento, uma falta de comunicação, falta de respeito, poucos profissionais para uma demanda alta, as pessoas chegando doentes e saindo mais doentes. É preciso uma Humanização, um trabalho multidisciplinar, uma atenção ao paciente, um olhar diferenciado, as pessoas precisam se sentir acolhidas, não serem despersonalizadas, as pessoas estão doentes, não são a doença O grande problema é que as pessoas quando chegam ao serviço de saúde, querem ser vistas, enxergadas, e ouvidas, essa é uma grande dificuldade para o profissional de saúde, muitas vezes por causa de tempo, demanda ou mesmo quantitativo de funcionários, ficando assim comprometida a relação do profissional com o paciente, outras vezes também por falta de um processo de educação e treinamento dos profissionais para tornar a experiência da hospitalização algo mais confortável para o sujeito , a solução para que  todo processo funcione de uma forma humanizada seria ouvir o paciente, valorizando o indivíduo como um todo, seus familiares, suas necessidades, o grau de satisfação, as dificuldades que encontrou naquele atendimento, mas não deixar de ouvir também o profissional que passa uma grande parte do seu dia naquele local, se existir uma conexão entre paciente, familiares, profissional e instituição a possibilidade de se corrigir os erros fica muito maior e ter um processo humanizado mais eficaz. Entende-se pela palavra humanização tornar as relações mais humanas, socializando-as. Objetiva-se através da humanização em ambientes médicos o despertar no paciente e em sua família uma predisposição favorável e acolhedora ao atendimento, minimizando o sofrimento e colaborando no processo do tratamento. A humanização começa em geral numa relação entre uma pessoa e outra, às vezes por um simples cumprimento, um acolhimento com educação, pontualidade e respeito. A importância do psicólogo neste processo é de proporcionar ao indivíduo a compreensão da sua doença assim como a orientação e o acolhimento da família, facilitando a reestruturação e não despersonalização do paciente, contribuindo para o resgate das relações e colaborando no processo de ajuda na equipe médica como um todo. Deve-se valorizar a dignidade do profissional de saúde e do paciente, pois ambos precisam ser entendidos, respeitados e cuidados, o profissional de saúde é muito cobrado em suas emoções e isso acaba fazendo com que os mesmos se afastem dos sentimentos, se tornando mais frios, e muitas vezes deixando de ter esse lado mais humano, uma vez que estes tem que lidar com a dor, o sofrer e a morte no dia a dia, a calosidade profissional acaba se manifestando e o profissional se torna indiferente a dor do paciente . A humanização do atendimento é um processo necessário que causa grande impacto na satisfação e recuperação do paciente e ela se dá por todas as pessoas que estão relacionadas aquele que busca pelo atendimento e minimização do sofrer, seja ela a recepcionista, a faxineira, a fisioterapeuta, o psicólogo, o clínico, é um processo de relação de pessoas que favorecerá no processo de minimização de dor e reestruturação do ser que sofre.



ISSN 2179-1589

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