Centros melanomacrofágicos são estruturas presentes nos tecidos hematopoiéticos normais e patológicos de peixes, anfíbios e repteis. São constituídos por macrófagos pigmentados isolados ou sob a forma de agregados, com formas e dimensões variadas. Filogeneticamente parecem evoluir de formas isoladas presentes em ágnatas e elasmobrânquios, para formas mais complexas e organizadas nos peixes ósseos, sendo desenvolvidos em alguns teleósteos, enquanto em outros, são indistinguíveis ou escassos (Roberts, 2003). Estudos histológicos e ultra-estruturais realizados em Hemigrammus marginatus, de áreas com baixo nível de poluição, revelaram a ausência dos centros melanomacrofágicos, em contraposição aos grandes e numerosos centros encontrados em Oreochromus niloticus, coletados em áreas de maior impacto ambiental. Os centros melanomacrofágicos contém pigmentos heterogêneos de lipofuscina, melanina e hemossiderina, que refletem possíveis diferenças funcionais. Estados fisiológicos ou patológicos (jejum, infecções ou hemorragias), idade, estresse e poluição ambiental tem sido associado à variação na ocorrência desses centros nos tecidos de teleósteos.