O presente trabalho tem como objetivo descrever, através de uma revisão de literatura, a interferência do uso da tecnologia aplicada ao ensino de anatomia humana no ensino superior. A anatomia humana é considerada por muitos como uma ciência sem progresso. Nos últimos anos, essa disciplina vivenciou uma revolução na ciência, devido as novas ferramentas de ensino. Porém, a constante evolução de instrumentos tecnológicos e sua inserção na educação torna necessário refletir sobre sua utilização no ambiente da prática pedagógica. De acordo com Trotta e Spinillo, 2014, a tecnologia das representações anatômicas vem se atualizando e o conteúdo da disciplina se encontra à disposição dos estudantes em variados meios e suportes tecnológicos como aplicativos, mesas interativas, imagens 3D, entre outros. Todavia, é preciso pensar se o uso destas tecnologias está correspondendo as expectativas quanto ao aprendizado dos alunos. Atualmente, novas metodologias fazem com que os processos de ensino-aprendizagem estejam focados no aluno e o professor é um facilitador na aquisição de conhecimentos. Paulo Freire, um dos maiores educadores do Brasil propõe a Educação da Libertação que se baseia na indissociabilidade da história de vida na formação de indivíduos, que ocorre por meio do diálogo e da relação entre alunos e professores. Para o ensino da Anatomia, algumas instituições de ensino superior utilizam manequins de plástico, outras usam cadáveres, porém, o uso da tecnologia pode agregar conhecimento, qualquer que seja o material utilizado no laboratório uma vez que a tecnologia é a melhor maneira de conexão e, consequentemente, de comunicação com os alunos.