REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 5 (2021)

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ESCLEROSE MÚLTIPLA: REVISÃO INTEGRATIVA SOB LUZ DE ACADÊMICOS DO CURSO DE ENFERMAGEM.

Arthur Guimarães G. dos Santos

Resumo


Introdução: A esclerose múltipla é uma doença que afeta o sistema nervoso do portador, causando incapacidade neurológica crônica pela destruição da bainha de mielina dos neurônios através do processo de desmielinização. Com a mielina danificada, os impulsos nervosos ficam mais susceptíveis ao desenvolvimento de falhas durante a transmissão. Objetivo: Ampliar o conhecimento dos acadêmicos do quarto período do curso bacharel em enfermagem acerca da esclerose múltipla, bem como abordar o funcionamento do processo imunológico desta de forma mais expandida. Metodologia: Estudo realizado por meio de pesquisa exploratória nas principais bases de dados. Foram selecionados dois artigos que melhor representaram o tema abordado para a elaboração deste trabalho escrito. A abordagem das fases do processo imunológico foi um diferencial para a seleção destes artigos. Identificado deficiência de artigos sobre este tema na literatura científica. Resultados: Embora esta enfermidade apresenta características clínicas bem definidas, os aspectos voltados à etiologia da esclerose múltipla têm sido alvo de árduos estudos. Portanto, esta é tida como uma doença inflamatória com grande possibilidade de desenvolvimento autoimune, podendo também ser influenciada por fatores ambientais. Os sintomas apresentam-se das mais variadas formas, desde uma leve fraqueza até o comprometimento do controle dos esfíncteres e o diagnóstico é realizado por meio de dados clínicos, baseados na história pregressa do portador e associados ao exame físico. O processo imunológico é dado quando a região endotelial da barreira hematoencefálica consegue expressar antígenos da classe II do Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC), permitindo que as células CD4+ e CD8+ migrem para o espaço perivascular. Este processo acontece pelo pressuposto que as células T ativadas na periferia induzem a expressão das moléculas de adesão, permitindo a interação com as células do endotélio e a migração que transpassa esta barreira. Como a etiologia ainda é pouco conhecida, não existe a cura ou medidas profiláticas para a esclerose múltipla e o tratamento acontece por meio de cuidados paliativos, não apresentando muita alteração na evolução natural da doença. Considerações: Conclui-se que a esclerose múltipla é uma doença degenerativa do sistema nervoso que causa danos à transmissão dos impulsos nervosos pelo acometimento da mielina, através do processo de desmielinização. Embora muito investigada pela comunidade acadêmica, ainda é pouco conhecida em relação aos fatores etiológicos e profiláticos, o que estimula a seguir com as investigações por meio de pesquisas clínicas nesta área.


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ISSN 2179-1589

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