Introdução:  o tratamento do câncer infanto-juvenil é extremamente desagradável e causador de muito sofrimento, tornando a hospitalização um momento doloroso, pois além de submeter-se aos procedimentos tão incômodos, a criança se vê afastada de sua família, exigindo da equipe de saúde sensibilidade e conhecimento. Objetivo: Descrever a experiência de uma enfermeira oncologista pediátrica durante a coordenação de um curso de atualização para enfermeiros oncologistas pediátricos. Método: trata-se de um estudo descritivo tipo relato de experiência de uma enfermeira durante atuação na educação permanente de um hospital especializado em oncologia no Rio de Janeiro. Foi realizado um curso presencial com carga horária de quarenta horas para os enfermeiros atuante nos setores de oncologia pediátrica. Aplicou-se um pré-teste e após as aulas discussões em grupo. Resultados: Participaram do curso 19 enfermeiros. A maioria dos enfermeiros apresentaram dificuldade em descrever os cuidados prestados a família. Quanto a assistência à criança, observou-se ter ótimo conhecimento da tecnologia dura em detrimento da tecnologia leve e leve-dura. Discussão: A especificidade da área e o alto grau de gravidade da clientela faz com que os enfermeiros oncologistas pediátricos tenham uma demanda assistencial voltada na maior parte para um olhar técnico, tendo dificuldade de assistir a criança e sua família no que se refere a morte, avanço da doença e cuidados paliativos. Fato este reflete ainda uma formação biomédica e tecnicista na área oncológica. Conclusão: Observou-se a necessidade de manutenção de encontros para discussão de casos, rodas de conversa e atualizações periódicas. Implicações para enfermagem: O estudo apresenta a importância da atuação da educação permanente dentro das unidades hospitalares.