INTRODUÇÃO: A descompensação clínica é responsável pelo alto índice de hospitalização por insuficiência cardíaca (IC). Um estudo recente realizado com indivíduos  internados demostrou que fatores como a má adesão terapêutica medicamentosa e os cuidados com a alimentação estavam intimamente relacionados ao déficit no autocuidado. Tal aspecto contribui de forma significativa  para a descompensação  clínica e, consequentemente, intensifica a procura dos pacientes por uma unidade hospitalar. Somente na região Nordeste, durante os anos de 2008 a 2017, foram notificados mais de 160 mil casos de internações hospitalares ao ano. OBJETIVO: Demonstrar a prevalência de internações por IC no estado de Sergipe. METODOLOGIA:  Trata-se de um estudo ecológico analítico, tendo como análise de dados obtidos do sistema de informações hospitalares (SIH), através do Datasus, dos últimos 5 anos. As variáveis utilizadas foram: cidade, faixa etária, sexo e caráter do atendimento. RESULTADOS: Em Sergipe, o total de internamentos de pacientes com diagnóstico de IC corresponde a 4.681. Destes, prevaleceu  os pacientes com mais de 80 anos, 700 (14,9%) casos, seguido dos pacientes com  60 a 64 anos, 553 (11,8%) e de 70 a 74 anos, 521 (11,1%). O sexo masculino apresentou o maior número de hospitalizações, com 2.548 (54%), seguido do feminino com 2133 (46%). A cidade com maior prevalência foi Aracaju, com 2.450 (52,3%) internamentos. Vale ressaltar que 4.578 (97,7%) dos acontecimentos são de caráter de urgência. CONCLUSÃO: Portanto, fica evidente que indivíduos com mais de 60 anos são mais suscetíveis a internação, predominando eventos com caráter de urgência. CONTRIBUIÇÕES E IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Espera-se que este estudo seja capaz de estimular os profissionais a realizar a consulta de enfermagem com qualidade e foco em práticas educativas com o intuito de capacitar o portador de IC quanto ao autocuidado e a importância da adesão terapêutica, contribuindo para a redução das internações.