Introdução: A violência obstétrica viola os direitos humanos das mulheres, ameaçando seu direito à vida, à saúde, à integridade física e à não discriminação. Muitas vezes resultando em perda de autonomia e capacidade de decidir livremente sobre seu corpo e sexualidade, impactando negativamente na qualidade de vida das mulheres. Objetivos: Ressaltar a predominância de violência obstétrica em mulheres negras e de baixa renda. Método: Trata-se de uma revisão integrativa com abordagem qualitativa. Foram consultadas as seguintes bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram utilizados os descritores de forma combinada por meio do operador booleano AND. Foram selecionados 14 artigos publicados num período entre 2013 a 2020. Resultados: A análise deste estudo reconhece que, ao redor do mundo, inúmeras mulheres são vítimas de abusos, desrespeito e maus-tratos em instituições de saúde no momento do parto e que existe um tratamento diferencial com base em atributos raciais e sociais. Discussão: Estudos mostram que existe um tratamento diferencial com base em atributos considerados positivos (casada, com gravidez planejada, branca, mais escolarizada, de classe média, saudável), depreciando as que têm atributos considerados negativos (pobre, não escolarizada, mais jovem, negra). Conclusão: O estudo ressalta que, a sociedade brasileira, historicamente, demarca os espaços sociais não só pelas condições socioeconômicas, mas, também, a partir da aparência e da cor da pele dos sujeitos e isto está bastante presente no âmbito obstétrico. Contribuições e Implicações para a Enfermagem: É indubitável que a enfermagem está intimamente ligada a todo o processo gestacional, por isso, é de suma importância que a equipe de enfermagem tenha ética e abrace o movimento contra a violência obstétrica. Descritores: Parto obstétrico, Enfermeiras Obstétricas, Enfermagem Obstétrica