INTRODUÇÃO: O Brasil possui uma das mais elevadas taxas de parto cesáreo no mundo, cerca de 23%, visto que à taxa preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) está entre 10 e 15%, o que é preocupante, pois gera um aumento nos casos de infecção no pós parto. As infecções são consideradas um sério problema de saúde pública, incluindo infecções de sítio cirúrgico que são as mais frequentes e responsáveis pelas internações, morbidade e mortalidades materna. OBJETIVO: Identificar na literatura científica os fatores de risco para infecção puerperal em parto cesáreo. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada à partir da bases de dados da Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), através dos Descritores em ciências da saúde (DeCS): “Infecção Puerperal”, “Saúde da mulher”, “Cesárea”, em busca booleana utilizando a ferramenta de busca “AND”. Como critérios de inclusão: estudos que contemplassem a temática, disponíveis online, na íntegra, em português e inglês, publicados entre 2016 e 2020; e de exclusão, artigos repetidos nas bases de dados. Foram selecionados 12 estudos. RESULTADOS: Os fatores com maior prevalência foram: obesidade, bolsa rota, trabalho de parto prolongado, rotura das membranas, elevado número de toques vaginais, mecônio no líquido amniótico, imunidade deficiente, duração da cirurgia. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: A maior morbidade da operação cesariana, em relação ao parto por via vaginal, tem sido relatada na literatura. Entretanto, necessitam de mais trabalhos para evidenciarem tais complicações associadas ao procedimento. CONTRIBUIÇÕES E IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: Com a necessidade de se diminuir o índice de infecções no puerpério a enfermagem terá um papel essencial no cumprimento aos protocolos e na orientação às puérperas acerca dos cuidados com as feridas operatórias e sua higiene pessoal.