Introdução: Desde que a Doença Coronavírus (COVID-19) foi declarada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março de 2020, importantes repercussões clínicas, sociais, políticas e econômicas surgiram, deixando marcas, consequências e aprendizados. Hospitais precisaram reescrever suas rotinas e procedimentos operacionais. Objetivo: Descrever os impactos dessa pandemia na Unidade de Cuidado Coronariano de um hospital de ensino de Belo Horizonte, referência em atendimento de nível terciário da rede pública de saúde. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, baseado no cotidiano profissional das autoras, no período de Março a Agosto de 2020, a partir da vivência assistencial/gerencial de enfermagem, traduzida em práticas, observações, estudos, discussões e adaptações no setor e instituição referidos. Resultados: As mudanças ocorridas na Unidade de Cuidado Coronariano, tal como sua transformação em CTI geral, foram responsáveis por grande impacto nos processos de trabalho da equipe de enfermagem, que passou a lidar com novo perfil de pacientes, além dos afastamentos e adoecimento dos profissionais, gerando estresse e sobrecarga de trabalho. Salienta-se que, com essa transformação, foi extinto o leito reservado para Síndrome Coronariana Aguda (SCA) com supra de ST e angioplastia primária, condição grave e emergente nas cardiopatias. Isso aumenta o sinal de alerta para questões inerentes ao manejo dessa condição clínica. Cirurgias eletivas foram reagendadas e/ou canceladas. Conclusões: Ações precisam ser planejadas para que não haja prejuízo aos usuários dos serviços de saúde e para que os profissionais de enfermagem tenham um ambiente laboral mais saudável, com melhores condições para uma assistência segura e qualificada. Contribuições e implicações para a Enfermagem: Destaca-se o protagonismo da enfermagem no cenário pandêmico que, mesmo em condições não ideais, readaptou seu processo de trabalho, priorizando uma assistência de qualidade aos seus pacientes.