INTRODUÇÃO: Dentre as anomalias ocasionadas pelo consumo de álcool durante a gestação está a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que consiste em uma gama de características anormais apresentadas por recém-nascidos gerados por mães etilistas (NETO CM, et al., 2019). OBJETIVO: Discutir os danos causados pelo álcool ao feto, destacando aspectos morfológicos e comportamentais da SAF. MÉTODO: Trata-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa, desenvolvida a partir do levantamento bibliográfico nas bases de dados Scielo; MEDLINE; e Lilacs, compreendendo o período de 2015 a 2019. RESULTADOS: A SAF concerne a um extenso número de anomalias neurais e extraneurais atribuídos a 33% dos recém nascidos filhos de mães alcoólatras. Os principais critérios para o diagnóstico são: retardo de crescimento pré e pós-natal; alterações neurológicas, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, além de alteração comportamental e do QI, e o dimorfismo facial (hemiface achatada, fissuras palpebrais curtas, ptose, narinas antevertidas, filtro nasal apagado e lábio superior fino ou liso – quanto mais grave for o dimorfismo, maiores serão as alterações do Sistema Nervoso Central). (SIQUEIRA LQ, et al., 2017). DISCUSSÃO: Em razão dos déficits irreversíveis no desenvolvimento físico e neurológico do recém-nascido, a curto e longo prazo, preconiza-se a abstinência total do álcool, em razão de não existir um limite seguro de consumo de álcool. CONCLUSÃO: Baseado nas evidencias teratogênicas do álcool, o alcoolismo gestacional representa um grande problema de saúde pública e em consequência disso, há necessidade de manter programas de prevenção ao alcoolismo durante o pré-natal. CONTRIBUIÇÔES E IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: A Atenção Primária deve planejar e desenvolver condutas referentes aos hábitos gestacionais adequados e necessários durante o pré-natal, com vistas a estabelecer um diagnóstico precoce de SAF, para assim oferecer maior qualidade de vida a essas crianças. (SANTOS RS, et al., 2017).