Introdução:  A violência contra a mulher constitui fenômeno baseado no gênero que acomete todas as classes sociais e raça. Apesar de representar fenômeno transversal, as estratégias para o seu rompimento relacionam-se as especificidades das mulheres, a exemplo de aspectos culturais, religiosos, econômicos, entre outros. Objetivo: Identificar as estratégias adotadas por mulheres de comunidade quilombola para a saída da violência conjugal. Metodologia: Estudo exploratório, qualitativo, desenvolvido com 12 mulheres com história de violência conjugal, residente em uma comunidade quilombola do estado da Bahia, Brasil. O lócus da pesquisa foi uma Unidade da Estratégia da Família, os dados foram coletados por meio de entrevista com apoio de formulário e gravador de voz e analisados a partir da Análise de Conteúdo Temática proposta por Bardin. Pesquisa foi aprovada pelo CEP/UNEB (Parecer nº 1.731.629). Resultados: No que tange as estratégias para a saída da violência conjugal o estudo revelou que as mulheres adotaram o rompimento da relação conjugal, utilizando enquanto meios a saída da residência ou denúncia, esta última seguida pela conquista de medida protetiva. Discussão: O estudo desponta que as mulheres quilombolas vislumbraram que a saída da violência conjugal ocorre através do rompimento da relação conjugal, em alguns casos com apoio dos serviços jurídicos e policiais. Chama atenção que os espaços sociais e de saúde não foram vislumbrados enquanto potenciais para apoio. Conclusão: A pesquisa avança ao trazer estratégias de rompimento da violência conjugal adotadas por mulheres quilombolas, neste sentido, elucidam elementos para futuras intervenções no sentido de auxiliar este público. Contribuições e implicações para enfermagem: A pesquisa contribuiu para reduzir a lacuna do conhecimento sobre o objeto de estudo, servindo de alicerce para futuras intervenções, inclusive, para estratégias de cuidado a serem promovido por profissionais de enfermagem.