INTRODUÇÃO: A violência infantojuvenil é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como qualquer modalidade de maus-tratos, de caráter físico e/ou psíquico, abuso sexual, exploração comercial, negligência, dentre outras situações que acarretem em danos potenciais a saúde.Nessa perspectiva, a enfermagem forense configura uma estratégia importante para a identificação precoce dos casos e consequente redução de agravos. OBJETIVO: Analisar as estratégias adotadas pelos enfermeiros forenses na identificação precoce dos sinais indicativos de violência infantojuvenil. MÉTODO: O presente estudo trata-se de uma revisão exploratória da literatura, em artigos publicados nos últimos cinco anos, utilizando as bases de dados PUBMED, LILACS, SciELO e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). RESULTADOS: Evidenciou-se que a enfermagem forense atua na proteção de vítimas de violência por meio da coleta de informações e evidências fundamentais no processo terapêutico e na aplicabilidade da justiça. Essa especialidade, ainda escassa no cenário brasileiro, compromete-se em orientar a prática profissional, demonstrando que as entrevistas devem ser criteriosamente analisadas, de modo a observar se eventuais lesões correspondem a história relatada pela família e ao padrão comportamental da criança ou do adolescente. Sinais como relatos em discordância, acidentes frequentes, busca tardia aos serviços de saúde, silêncio predominante, representam importantes indícios de violência. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: A análise da literatura reflete a relevância da modalidade forense na proteção e promoção da saúde. Explicita-se a necessidade de estimular a expansão das produções científicas e a qualificação dos profissionais com o intuito de fortalecer essa nova especialidade no Brasil. CONTRIBUIÇÕES E IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Tal pesquisa contribui para a formulação de estratégias que visem diagnosticar o risco e levantar as suspeitas precoces de abuso, oferecendo subsídios para a atuação dos enfermeiros.