Introdução: a pandemia do COVID-19 tem crescido mundialmente. No Brasil o número de infectados levou a sobrecarga do sistema de saúde, com escassez de recursos humanos e materiais. A equipe de enfermagem tem importante atuação no combate a crise mundial, porém, as jornadas de trabalho são estressantes, há vulnerabilidade e risco de contaminação pelo vírus. Esses atributos contribuem para o adoecimento mental dos profissionais. Objetivo: identificar sintomas de depressão entre profissionais de enfermagem na pandemia da COVID-19. Método: estudo transversal e observacional, realizado com formulário eletrônico entre profissionais de enfermagem nas cinco regiões do Brasil. O PHQ-9 foi utilizado para identificar sintomas de depressão. Utilizou-se para a análise o programa SPSS 20.0. Foi considerado p<0,05. Resultados: participaram do estudo 3249 profissionais de enfermagem, sendo a maior parte técnicos de enfermagem, do sexo feminino e residentes na região Sudeste. Do total de profissionais, 880 informaram contato direto com alguém diagnosticado com COVID-19. Discussão: os profissionais de enfermagem não apresentaram ou apresentaram sintomas leves de depressão. Mulheres, trabalhadores da região Norte, adultos jovens com idades entre 18 e 24 anos e renda mensal de até 4 salários mínimos apresentaram média do escore geral de depressão mais alta, indo de encontro com estudos já realizados. Conclusão: mediante a presença de sintomas de depressão nos profissionais de enfermagem, é necessário uma regularidade nas estratégias de prevenção contra o sofrimento mental expresso por alguns durante a pandemia. Contribuições e limitações: como contribuição, este estudo fornece informações valiosas sobre os profissionais de enfermagem nas respostas psicológicas no início da pandemia da COVID-19 no Brasil. As limitações se referem ao desenho do estudo, pois estudos transversais não permitem realizar inferências causais, além disso, a depressão precisa ser avaliada e diagnosticada por profissionais de saúde mental habilitados.