Introdução: A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares permitiu muitos avanços, bem como, assinalou a necessidade de promover mudanças no processo do cuidado em saúde, modificando a visão basicamente curativista para uma perspectiva de autonomia do sujeito. Objetivo: Identificar na literatura as potencialidades da oferta das práticas integrativas e complementares para Atenção Primária à Saúde do Sistema Único de Saúde. Método: Trata-se de uma revisão da literatura, do tipo narrativa. A busca foi realizada na base de dados LILACS e SCIELO, nos meses de janeiro e fevereiro de 2020, utilizando os Descritores em Ciências da saúde: “terapias complementares” AND “atenção primária à saúde”. Não foi estabelecido recorte temporal, visando obter um maior número de publicações e aprofundamento da temática. Resultados: Após busca nas bases de dados, 11 artigos foram selecionados e os seus resultados analisados criticamente. Verificou-se que as práticas integrativas de saúde, paulatinamente, estão se tornando uma reali­dade na atenção primária à saúde. A inserção dessas práticas de maneira humanizada e integral fortalece o vínculo entre comunidade e serviços de saúde, contribuindo para a qualidade da assistência. Discussão: A oferta das práticas integrativas favorece a habilidade clínica para reconhecer e evitar situações comuns de medicalização desnecessária e uso impreciso de fármacos e exames, evitando danos potenciais. Conclusão: Portanto, as práticas integrativas não vêm para substituir modelos de intervenções já estabelecidos e sim para somar às diversas formas terapêuticas, possibilitando que os diversos profissionais da área de saúde possam adotá-las em sua prática profissional. Contribuições e implicações para a Enfermagem: As práticas integrativas e complementares possibilitam novos avanços para a Enfermagem. Dessa forma, os profissionais devem conhecer essas práticas e integrá-las à assistência na perspectiva de oferta de um cuidado mais amplo e integral ao usuário.