No dia de 17 de março de 2020, a capital de Minas Gerais registrou o início da transmissão comunitária da COVID-19, com 10 casos confirmados. A partir de então iniciou-se, entre outras medidas, a reorganização dos fluxos assistenciais para atendimento na Atenção Primária à Saúde (APS). O objetivo deste estudo é relatar as estratégias de enfrentamento à COVID-19 adotadas por um centro de saúde da APS de Belo Horizonte. Trata-se de um relato de experiência de enfermeiras que atuam em um Centro de Saúde da capital mineira. Dentre as inúmeras estratégias adotadas, algumas foram primordiais para o auxílio no enfrentamento à pandemia: Pré-recepção realizada na porta de entrada por um profissional de enfermagem, direcionando pacientes com sintomas respiratórios para espaços destinados para tal e evitando contato com pacientes não sintomáticos; mudança na distribuição de senhas para atendimento, que antes eram higienizadas e reaproveitadas e passaram a ser descartáveis; aumento do prazo na dispensação de medicamentos pela farmácia do centro de saúde, que antes era realizada mensalmente e passou a ser bimestralmente, diminuindo assim a circulação de pacientes na unidade; treinamento da equipe de enfermagem para correta utilização dos EPI’s pelos profissionais durante a assistência ao paciente em todos os setores, como sala de curativos, sala de vacinas, acolhimento, consultórios médicos, consultórios de enfermagem, sala de administração de medicamentos e de oxigenioterapia, sala de observação e de classificação de risco. A APS tem o papel fundamental de identificar precocemente os casos de COVID-19, visto que é a porta de entrada preferencial do sistema de saúde. É primordial a coordenação do cuidado e o cumprimento dos fluxos de atendimento para a minimização dos riscos, assegurando assim a segurança da equipe de enfermagem e do paciente.