REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 5 (2021)

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VIVÊNCIAS DE ENFERMEIROS NO CUIDADO À CRIANÇA EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Samara Medina Mendes Ferreira, Thatiane Daniele dos Anjos, Ícaro Pinheiro dos Santos, Daniela Aparecida Morais

Resumo


A assistência à criança em situação de emergência pode ser estressante para o enfermeiro. O choro pode trazer desconforto, a falta de colaboração, o medo, os familiares ou acompanhantes presentes na realização dos procedimentos, são fatores que podem interferir nas habilidades e concentração deste profissional, atrapalhando a sua execução. Este estudo tem o objetivo de conhecer as vivências de enfermeiros no cuidado a criança em situação de emergência. Estudo qualitativo com onze enfermeiros que atuam em unidades de emergência, identificados através da técnica bola de neve. Todas as entrevistas realizadas foram gravadas e posteriormente transcritas na íntegra para serem analisadas através da análise de conteúdo. Foram definidas quatro categorias: 1-fazer a diferença e poder ajudar; 2-o saber lidar com a criança; 3-a presença dos pais/familiar durante o atendimento; 4-a perda, o medo do fracasso. O estudo recebeu parecer favorável do comitê de ética. A possibilidade de salvar a vida de uma criança é um grande fator de motivação para os enfermeiros. Também deve-se ter empatia e estabelecer uma relação de confiança entre o paciente e familiares deste. Angústia, medo, fracasso foram comuns nas falas dos sujeitos, participantes do estudo, e percebeu-se que a possibilidade da perda de uma criança durante um atendimento é algo que os assombra. É preciso desenvolver uma capacidade de auto-controle e também uma boa relação afetiva entre quem cuida e quem é cuidado e com os familiares. Assim, verifica-se a importância deste tema para a enfermagem, pois, deve ser abordado durante a formação destes profissionais, para que enfermeiros estejam capacitados e possam gerenciar a assistência integral frente a criança em situações extremas.  Espera que este estudo possa instigar a realização de novas pesquisas, visto que a literatura científica sobre esse tema ainda é escassa e para que a prática assistencial seja sempre norteada pela cientificidade.




ISSN 2179-1589

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