REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 5 (2021)

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EFEITOS NEUROPROTETORES DA HIPOTERMIA NA ENCEFALOPATIA HIPÓXICO-ISQUÊMICA EM RECÉM NASCIDOS

Isabela Oliveira da Cruz dos Santos, Thalita Silva Santos, Carolaine dos Santos Sousa, Roberta Rodrigues Ferraz dos Santos

Resumo


Introdução: A Encefalopatia Hipóxico-Isquêmica (EHI) é uma síndrome caracterizada por disfunções neurológicas, seguidas de alterações metabólicas, que promovem um processo hipóxico-isquêmico no primeiro dia de vida, que se apresenta através de dificuldade respiratória, diminuição do tônus e reflexos primitivos, entre outros. Em vigência disso, tem–se buscado uma forma de tratamento adequada, para minimização dos danos apresentados. Objetivo: Identificar a existência de efeitos terapêuticos da hipotermia na EHI em neonatos. Metodologia:  Trata-se de uma revisão de literatura, de abordagem qualitativa, sendo realizada pesquisa nas bases de dados BVS e SCIELO utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Encefalopatias, Hipotermia e Recém-Nascido, totalizando ao final 06 artigos. Resultados e Discussão: O mecanismo fisiopatológico da EHI, tem início através da diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro, seguido de um retorno do fluxo, onde há a liberação de substâncias nocivas ao tecido e liberação da cascata inflamatória, provocando necrose tecidual. Atualmente não existe um protocolo específico, sendo utilizado fármacos para estabilização do quadro, mas que não evitam a sequela. Assim, observou-se que a Hipotermia (HI) tem a capacidade de atrasar essa cascata celular, cessando a atividade neural imediatamente, antes que haja feedback positivo no tecido. Devendo ser iniciada em aproximadamente 6 horas. O nível de efeitos adversos aumenta conforme a diminuição da temperatura, devido a isso o tipo mais usado é a moderada. Conclusão: É possível constatar que o método de HI é uma forma de tratamento específico da EHI. Porém apresenta risco iminente se feito de forma incorreta. Contribuições e implicações para Enfermagem: O procedimento exige conhecimento e tática de monitorização criteriosa do profissional de enfermagem, levando-se em conta, que neonatos possuem grande variabilidade de temperatura. Porém, os benefícios superam os malefícios, sendo uma prática capaz de minimizar  danos gerados.




ISSN 2179-1589

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